Longe
muito longe se ouve a sineta,
pouco
se vê além na longa estrada,
o tilintar
do cincerro faz a certeza,
o
pai já está próximo com a boiada.
No
terreiro um menino na euforia,
na espera
das maçãs há ansiedade,
o embornal
o cheiro que denuncia,
o
papel roxo contrasta a felicidade.
Já
se vê a poeira o som agora alto,
o menino
está aflito não diz nada,
sonha
corre e ensaia alguns saltos,
seu
coração agitado pela chegada.
Seu cão
fareja, late como a avisar,
no
Céu azul revoam passarinhos,
o
alazão relincha, ouve-se tilintar,
no
terreiro sente-se o burburinho.
O
som do cincerro devolve seu pai,
de
cima do cavalo emite um grito,
e salta
elegante como um samurai,
para
abraçar o filho como um rito.
Toninho.
Dezembro/2015
Aqui também escrevemos: toninhobira.blogspot
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Cincerro:
uma sineta de bronze colocada no pescoço de animal (boi, cavalo cabra) como
guias de bandos e ou para que sejam encontrados nas matas fechadas, mas que
muitos cavaleiros gostavam de usar em suas montarias nas viagens como anuncio de sua
passagem.
UNA DEDICATORIA A LA TIERRA!!
ResponderExcluirABRAZOS
Caro amigo ao ler o seu belo poema e ao mesmo tempo ouvindo a linda música me fez recordar a novela Pantanal que para mim foi das mais lindas que passou em Portugal ainda era adolescente mas as músicas de Sérgio Reis, Almir Sater ficavam no ouvido sem falar da natureza bela e pura ,um grande abraço amigo Toninho .
ResponderExcluirBoa noite, Toninho. Bem escrito,bonito e aproxima o leitor da história.
ResponderExcluirCada cena facilmente visualizada nessa sua adorável criatividade.
Uma rotina descrita em belos versos. Vi a alegria do menino.
Parabéns.
Beijos na alma e paz.
Boa noite, Toninho. Bem escrito,bonito e aproxima o leitor da história.
ResponderExcluirCada cena facilmente visualizada nessa sua adorável criatividade.
Uma rotina descrita em belos versos. Vi a alegria do menino.
Parabéns.
Beijos na alma e paz.
Oi caro amigo
ResponderExcluirQue beleza de poema, inspirado demais, sem falar na bela música que escolheu, tudo bem casadinho.
Grande abraço.
Você nos reporta a cena descrita pelo seu belo poema. Amei acompanhar esta chegada.Bom domingo.
ResponderExcluirBoa tarde Toninho, que poema lindo, penso que recordando tempos de outrora, que deixam sempre lembranças!
ResponderExcluirA música escolhida é muito bela e me proporcionou um momento maravilhoso.
Desejo-lhe um bom domingo e semana.
Beijinhos,
Ailime
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirToninho,
ResponderExcluirToda vez que venho aqui, viajo para os confins da velha Minas Gerais.
Hoje tive essa alegria novamente e pude aprender um pouco mais a respeito do cincerro.
Na companhia de Almir Satter, confesso, seguirei essa boiada até os confins do mundo! Rsrsrs
Grata pela partilha que, mais uma vez, levou-me aos recantos deste belo país com suas tradições e seus costumes.
Bjksss
Toninho, um belo poema a descrever as emoções de quem espera por alguém que leva as boiadas...
ResponderExcluirUm beijo.
Teu poetar é de uma beleza cheia de sentimento e lembranças que envolve nossa alma e nos faz voltar no tempo. Linda vida do campo, em contato com a natureza em seus trabalhos de luta e paz. Tem novidades no Poesia
ResponderExcluirBoa tarde Toninho.
ResponderExcluirMeu querido amigo, fiquei maravilhada com a musica, nós faz sentir agradáveis sensações, a sua linda poesia combinou perfeitamente com a musica. Uma feliz semana. Abraços.
Amigo Toninho,ler os seus poemas é sempre uma aprendizagem e uma descoberta constante.
ResponderExcluirUma realidade tão diferente da minha, mas que me envolve como se a conhecesse, tal a emoção que põe na sua poesia.
Gosto muito de ouvir Almir Sater e este tema é muito bonito e apropriado.
Um beijinho e boa semana
Fê
Mineirinho, obrigado pela sua participação No Serras...Com referencia ao seu texto poético, as imagens nos remetem a grandes recordações.
ResponderExcluirAbraço
Olá,
ResponderExcluirÈ uma pena que os meninos de joje nunca viverão momentos como esse. Obrigado pela visita.
Um abraço, paz e bem
Olá,
ResponderExcluirÈ uma pena que os meninos de joje nunca viverão momentos como esse. Obrigado pela visita.
Um abraço, paz e bem
Olá Toninho,
ResponderExcluirExcelente esta sua postagem, com o vídeo de Almir Sater (“A boiada”), a pintura de vaqueiros, culminando com o seu "Alegria ao som do cincerro", um poema muito bom, que nos leva para o “convívio” entre os vaqueiros e suas lidas.
Um abraço.
Em breve estarei comemorando meus 11 anos
ResponderExcluirno mundo blogueiro.
O blog hoje infelizmente perdeu lugar para o face
e outras coisas novas que foram surgindo.
Mas.. O blog na minha modesta opinião jamais perderá seu
fascínio.
Que Deus ilumine seu caminho nessa
estrada bendita que chamamos de vida.
Beijos no seu doce e terno coração.
Evanir.
Amigo seu poema é simplesmente lindo.
Meu amigo, já não me lembrava do significado da palavra e foi muito bom você o colocar no final da postagem. Ao ler seus versos, vemos as cenas, eis que tão bem evidenciadas. A música, escolha perfeita. Bjs.
ResponderExcluirrss, ia para o dicionário ver qual o significado da palavra e você postou, que bom! Lindo poema e a canção nos envolve num mundo de nossas tradições onde guardamos tudo num lado especial, do lado esquerdo... Que linda a imagem dos boiadeiros no vídeo! Não sei explicar o que senti ao ver. Orgulho das tradições, talvez.
ResponderExcluirLindo, amigo!
Beijos.
Te ler é viajar na memoria, é sentir o cheiro da roça, é muito bom... adoro...
ResponderExcluirMuita luz e paz para vc, Toninho...
Beijos...
~~~
ResponderExcluirFoi na excelente novela Pantanal, que conheci
os hábitos de vida dos vossos criadores de
gado e dos seus trabalhadores.
Em cada poema, uma maravilha ofertada,
que muito agradeço.
~ Abraço amigo. ~
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