Hoje minha participação na BC_Botando
a cabeça para funcionar de nossa mais querida amiga Chica, que vai ao ar todos os dias 5, 15 e 25 de cada mês. Nesta uma imagem é oferecida para inspiração livre. Conheça aqui chicabrincadepoesia.
Ando
pelas calçadas na rua deserta,
que
guardam muito do que nela vivi.
As
pedras vindas da serra encoberta,
pela
a densa neblina no inverno dali.
Sinto
das pedras na dor da explosão,
todos
os dias num voo desordenado,
amontoavam-se
aos montes no chão.
Quando
piso ouço o gemer sufocado.
E
meus passos lentos numa saudade,
buscam
reencontrar velhas emoções,
ora
incrustadas nas ruas da cidade,
que
ouvia toda as manhãs explosões.
E
nada mais restou de minha serra,
Esquartejada
em pedras quadradas.
num
mosaico que pura dor encerra.
Ali
pisam algozes gentes desalmadas.
Toninho
15/07/2020
Grato pela visita.
Cuide-se bem.
Nota:
Uma alusão à minha cidade onde as ruas eram de pedras ( mas de minério) tiradas da serra onde ficava o Pico do Cauê, dinamitado ano pós ano até virar um imensa cratera. O pico deu nome à cidade Itabira em Tupi-guarani = Pedra que brilha.
Boa noite de serenidade, querido amigo Toninho!
ResponderExcluirUma doce recordação travestida de pedras ao solo onde se pisa emocionalmente todos sentimentos que brotam do seu 💙 interiorano.
"Gentes desalmadas" são cruéis, eliminam as mais doces recordações das nossas vidas.
Uma poesia arrancada de um dos mais lindos sentimentos que há em si, amigo: o amor à sua terra natal.
O terço que o video mostra tem tudo a ver com cidades do interior ainda que já mais desenvolvidas. Gosto muito da devoção que eles têm no 💙
Parabéns!
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
ResponderExcluirPoema majestoso. Lindo de ler.
.
Abraço
Que linda poesia,Toninho! Inspiração DEZ! Sabes que tinha certeza te recordarias da tua cidade... Cada passo, uma memória! obrigadão, abração, lindo dia e levei teu link! chica
ResponderExcluirEntão Toninho, que bem dito que as pedras guardam memórias! podem sofrer se não respeitamos
ResponderExcluiro nosso ambiente, não nos darão o conforto
da bela dos cenários, mas também guardam memórias das maldades dos homens!
boa semana e grande abraço:)
deixei um comentário Toninho, espero que tenha passado!
ResponderExcluirBom dia Toninho,
ResponderExcluirQue lindo poema, esse tipo de calçamento também me remete ao passado, já que aqui onde moro tem sido substituído por asfalto.
Abraços, Sueli
Bom dia Toninho,
ResponderExcluirAdorei seu poema. Está magnífico, mas pena essas explosões de má memória que deixaram cicatrizes em seu coração.
O progresso é contraditório.
Excelente a sua participação.
Um beijinho e uma quinta feira cheia de paz.
Ailime
Fantástico maravilhoso!!
ResponderExcluir--
Beijos. Boa tarde!
Olá toninho, boa tarde!
ResponderExcluirUm belo e dolente poema, lembranças que até doem, o canto da britadeira pondo por terra as pedras que parecem feitas à mão, e a natureza chora!
Que lindo poema!4
Bjs no coaração amigo!
Nos passos de sua memória a destruição e dores da natureza destruida pelo homem em progresso tão maléfico ao planeta. bjs
ResponderExcluirVery nice blog
ResponderExcluirToninho, assim também fala a minha inspiração de dor, desespero. Falo dos escravos que muito calçamento fizeram, logo após a colonização e segundo aos relatos por mim ouvidos quando estive aí, nas Gerais< Uma pedra, a sua outra pedras, mas sempre duras e ou afiadas! Continuação de ótima semana! Meu abraço!
ResponderExcluirQue triste, Toninho...Uma maldade acabarem com o brilho da serra...A "evolução" e ganância destrói tudo a sua volta sem pensar em futuro ou bem estar dos seres que habitam esse planeta.
ResponderExcluirBelo poema, amigo! Abraço!
Fizeste uma saudosa viagem na memória e trouxe o desencanto provocado pela ganância destruindo um dos mais belos elementos da natureza
ResponderExcluirPedras pisadas por passantes indiferentes à dor e emoção de quem viu desmoronar o Cauê coberto de hematita.
Belíssimo com um toque de suave melancolia
Beijinhos poéticos estimado vizinho
Boa Noite, amigo Toninho!
ResponderExcluirSua poesia, linda e comovente, faz-nos lembrar de muitas coisas que aconteceram antes daquelas pedras ali serem colocadas. Quantas vidas, quantas dores, quanto sofrimento para que elas ganhassem forma de piso. Adorei!
Aproveito para convidá-lo a visitar meu Blog https://wwwmeandyou-meandyou.blogspot.com/
reeditado com novas poesias narradas.
um grande abraço
Uma triste mas tão real participação, Toninho
ResponderExcluirNatureza destruída eis que surge selva de pedra.
Excelente inspiração, amigo.
Um carinhoso abraço
Verena
Lembranças tamanhas e bonitas! Pedras sempre trazem reflexões sobre a força, dureza e durabilidade... Gosto de lembrar da nossa Rocha de Refúgio, o Senhor!...
ResponderExcluirGrande abraço... Boa sexta-feira...
Nunca se cansam de destruir o que é Natural, uma rua de pedras com sentimentos! linda por sinal.bj
ResponderExcluirUau Toninho sensibilidade e criatividade em belo momento!!! Bj
ResponderExcluirOlá Toninho!
ResponderExcluirQue lindo versar!
Com tanta criatividade e sentimento!
Um abracinho viajante!💐🌈😀
Megy Maia🌈
As pedras têm memória, têm alma, têm o som dos passos que lhes deixámos. O seu poema é muito belo e tão cheio de sentimento, meu Amigo...
ResponderExcluirUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Muito lindo que ficou o teu poema,excelente semana para ti,muitos beijinhos!!
ResponderExcluirQuantas vidas passam pelas pedras da calçada.
ResponderExcluirBrilhante e inspirada participação
Beijinhos
Que triste, Toninho, tantas vidas ali trabalharam e sofreram e depois tudo se vai! Vão junto nossas lembranças, nossas emoções, parte de nossa vida que vivemos. Lembro do dia em que voltei na minha rua de infância, aflita e saudosa para ver minha casa, o jardim, o terraço que brincava; a casa era outra muito diferente, reformaram tudo que puderam, acabaram com minha casa, foi triste. te entendo, amigo! Mas o poema ficou belo e vai direto ao coração da gente.
ResponderExcluirBj, até mais, amigo!
Olá Toninho!
ResponderExcluirSou a Nadja do Blog Cacareco's. Lembra-se de mim?
Estou de volta com um blog novo, voltado para janelas e portas antigas, minhas paixões.
Se desejar visitar-me: nadjapradoportasblogspot.com
Abraços
Um poesia triste, mas revestida de beleza poética e de sentimentos!
ResponderExcluirBeijos carinhosos!