Meu carinho e respeito à todas mulheres e todos os homens, que sabem respeitar e valorizar a mulher como pessoa.
****************************************************** Este é um Medianeiro: estrutura criada pela poetisa Giovânia
Correia (Recanto das Letras), ********************************************************** Ganhei da Chica com todo carinho que emana desta linda pessoa: Referente meu niver em 07/03- Grato sempre Chica.
Um
país sob o fantasma da inflação galopante impactou sobre a população, cria-se o
exercito de desempregados em todas as regiões. Explode no país uma corrida ao
Paraguai, cresce o mercado informal de ambulantes, a luta pela sobrevivência à
luz do contrabando. Perigosa luz no túnel falso resgate da moral. Arriscam suas
economias e indenizações, no sonho feito de bugigangas eletrônicas.
As
autoridades em nome da lei e interesses dos comerciantes legais entram em cena
aos olhos da sociedade discriminadora e inerte. Seguranças truculentos expulsam
e batem com uso da força bruta, são os grupos dos “rapas”. Perda da batalha
diária destes pobres com suas mercadorias misturadas entre lagrimas e sangue
pelas ruas. Resolutos se organizam, criam raízes encravadas nas praças, ruas e
garagens. Sobrevivem humorados com um sorriso feliz a esconder o medo, as
dificuldades. São vendedores de sonhos de consumo ao alcance de todos.
Agora
vejo este moço de sorriso alegre a soltar bolinhas de baba de quiabo nas ruas
da cidade. Viajo pelas lembranças do tempo de feliz idade. Eu menino nas ruas
de pedras a fazer bolinhas de sabão mesmo, uma latinha de massa tomate com agua
e restos de sabão, usando talo da folha do pé de mamão para sopra-las, em
disputa com os meninos da rua, para ver quem fazia a maior bola, que se coloria
lindamente sob os efeitos dos raios solares. A gente era criativa, feliz na
simplicidade de criar os próprios brinquedos e inventar sonhos.
Volto
os olhos para este homem na cadeira de rodas a vender seu produto que solta bolinhas,
um brinquedo de plástico. Fico a pensar se sua alegria dura como o plástico na
natureza, quando ele cansado retorna ao seu pobre lar, onde a prole o espera com
olhos ansiosos pelo pão da ceia noturna. Pens0 sobre a vida destes pobres
ambulantes espalhados pelas grandes cidades, e penso na Copa 2014 e na grana a
desfilar pelos tapetes vermelhos dos palácios. E decido comprar.
Meu
senhor quanto custa sua felicidade?
Oh, desculpe quanto custa o brinquedo?
Toninho.
27/01/2014
Nota:
Foto
sugerida para que cada interessado expressasse sua visão com textos livres. Pagina de uma amiga da cidade de Itabira MG(Terra natal), decidi por uma cronica. Amiga que fotografou é a Teresinha Souza em sua pagina no Facebook.