Vi o anjo frágil
curvo pelos alagados,
rebanhava pobres
desvalidos, sofridos,
os molambos
alijados de toda a sorte,
era o bom refúgio
de Deus pela cidade.
Hoje vejo
como santa a bondosa freira,
que pela periferia
cumpria sua missão.
Seu refugio
estava no Deus inspirador,
Sempre com um
sorriso leve acolhedor.
De olho às
escadas da Igreja do Bonfim,
edificou um hospital
cantinho de cura,
refugio dos pobres
no alivio das dores,
era um anjo
na terra forjado no amor.
Quem a
conhecia contagiava de bondade,
aquele ser,
ungido em Deus refugiava-se,
para poder
suportar a dura caminhada,
pelas ruas,
becos e palafitas desta cidade.
Ainda hoje quem
passa para o Bonfim,
lembra-se
daquela freira nos caminhos
da colina
Sagrada em seus passos lentos
a mendigar em
nome da fraternidade.
Toninho
Que Agosto venha para
renovar nossas
esperanças sob o azul refugio de Deus.