Vivo a olhar no céu por uma imagem,
a que seja uma tradução do meu amor.
Sei que ela virá como uma mensagem,
a coroar toda alegria do meu interior.
Enquanto ela não vem, vivo de poesia,
com rimas pobres versos soltos e
tristes,
como o jardineiro durante a ventania,
com olhar mais consternado que existe.
Namoro todas as nuvens no céu celeste,
que deslocam lentamente para o norte,
mas nenhuma imagem feita me apetece,
e sigo olhando céu e pedindo pela
sorte.
Lembro-me a única vez que a vi no céu,
era Primavera e com olhos encantados.
Vi corações entrelaçados por um anel,
foi emoção, que me fez tão enamorado.
Mas já sinto o perfume da primavera,
sei que aquelas nuvens aqui voltarão.
Buscarei pela imagem, findo a espera,
da desvairada procura pela tradução.
Toninho
20/08/2016
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Uma boa semana
a todos.