Ao ver esta foto no Instagram, chamou-me
atenção as pegadas na areia em segundo plano do olho, que se encanta com o
horizonte. Logo pedi a cessão da foto à amiga Lis Costa para ilustrar um poema
inspirado.
Grato Lis.
Ando pela
praia como peregrino,
deixo minhas
pegadas pela areia,
para que reencontre
este menino,
que tu amavas
sob a luz candeia.
Onde me levam
os passos agora,
no vagar pela
noite fria escura?
Só pirilampos
luzem na aurora,
testemunham
minha amargura.
A praia já se
irradia pelos raios,
onde me
encontro cego de amor.
No barco
bailam loucos anseios,
ardentes
emotivos no esplendor.
Em meio a
todo este abatimento,
vejo-te deslizar
sobre as pegadas.
É o ato da sedução
como rebento,
na própria
magia. É a alvorada.
Toninho
26/04/2019