Da série apenas uma inspiração
Da janela a rua deserta, poucos passos apressados
Nos olhos a procura na opacidade desta saudade
A vontade de me lançar nestas águas e purificar.
È noite, lá fora a chuva que não pára
Da janela fria calada vejo vultos a balançar
Numa dança estranha de corpos desconexos
Sem luz, tudo é breu, nesta noite infinita
Sinto falta de você que sei não virá.
Apenas sombras de umas lembranças teimosas
A solidão gigante nesta noite tenebrosa de outono
Onde andará este amor, que se quer ouve meus lamentos?
Sinto o frio, minha cabeça gira em lembranças tantas.
Meus olhos úmidos vigiam cada cintilar de uma estrela
Na espera inútil de encontrá-la nesta escuridão.
A saudade é pungente falta carinho, abraços, tudo é solidão.
No meu corpo que chama e reclama por você.
É preciso a travessia da rua deserta escura,
Lançar-me ei nesta escuridão?
Como é difícil a travessia destas noites traiçoeiras onde a alma
Vive estes tormentos por você que já não ouve meus ais.
Olho para esta chuva e o meu coração se cala.
Toninhobira
14/05/2011.
Posia inspirada, Toninho. A musa é real?..rs..rs(curioso eu, né?)
ResponderExcluirQuerido amigo, seu poema nos revela sentimentos profundos, como se a alma os confessasse em momento angustiante de ardente saudade...
ResponderExcluirMuito belo e tocante!
Aplausos mil pra ti anjo poeta!!!
Tenha um abençoado final de semana!
Carinhos pra você, viu?
Beijos
Fico pensando se é saudade de alguém ou do amor. Esta procura , esta carência que acompanha o ser humano até seus últimos dias- AMAR/SER AMADO.
ResponderExcluirÁs vezes se tem alguém ao lado mas a lacuna ali se encontra.
Hoje pensava sobre isto no meu caminhar matinal.
Coincidências...
Vejo em suas palavras um amor calado querido mais acordado. Estarei certa?
ResponderExcluirLindo amor!
Beijos,
Carla
A saudade é música viva em nós meu amigo, é por isso que essa tempestade nunca tem fim...
ResponderExcluirAs vezes fico louca e vou à janela a espera de mim mesmo... Louco isso não é???
Tudo que escreves é lindo, me faz refletir .
Que Deus te abençoe, aproveite bem teu fim de semana... Mil abraços pra ti.
Eu já ia colocar um trecho de uma música do Chico César (Onde estará o meu amor), mas aí vi o rosto do Roberto Carlos e resolvi ligar o som para acompanhar este belo poema e não deu outra: bateu uma saudade danada por umas tantas lembranças. rsrs. Um abraço grande. Paz e bem.
ResponderExcluirBoa noite, querido amigo Toninho.
ResponderExcluirAmigo! Esse lindo poema pegou meu coração de um jeito...
Adoro essa música.
Um abraço apertado.
Tenha um lindo sábado de paz.
Meu amigo, senti a dor desta alma de poeta como que ecoando ao longe, em busca de um amor que sei foi ja faz tanto tempo...
ResponderExcluirSublime. Evocou em mim uma nostalgia, uma saudade dolorosa, algo que não sei explicar.
Por isso digo que os poetas são previlegiados com seu dom.
Você prima por isso.
Meus aplausos, um abraço. A música do Roberto parece que chegou na medida certa.
A chuva lá fora, a rua escura, os vultos na noite, em seus versos tomaram a exata dimensão da melancolia que nos invade quando a saudade insiste em ficar.
ResponderExcluirSempre prazeroso passar por aqui, meu querido amigo, Toninho.
Um grande abraço e um excelente fim de semana para você.
Celêdian
Que lindo poema...musica boa do Roberto carlos..afz a gente relembrar muitas coisas mesmo...
ResponderExcluirTenho entrado nesse seu cantinho com frequência..e meu blog ta arrumado..aparece lá...abraço
titi
Passei para agradecer a tua visita´ e ler os teus versos carentes, tendo fundo musical do nosso rei Roberto Carlos, parabens poeta. desejo um final de semana de saúde e paz, abraços Celina
ResponderExcluirA saudade nunca acaba! É o que pude constatar na beleza da melancolia de teus lindos versos. Abração.
ResponderExcluirIsso mesmo Toninho! Ouvidos atentos e boca fechada...
ResponderExcluirBoa semana!
Carla
Meu querido, que poema mais certeiro...definiu com perfeição tudo o que fica na alma quando está sentindo toda a carência que machuca o coração...
ResponderExcluirBeijinhos...
Valéria