Apenas um retrato na
parede.
Havia uma cidade pacata
entre serras e picos, até que uma mineradora chegou, para explorar e
transportar riqueza mineral, sobre carroças puxadas por animais. Depois veio a
estrada de ferro com suas maquinas e vagões. Todas as manhãs ouvia-se explosões
em excessos com dinamite.
Havia uma alegria geral
com os empregos gerados. A pacata cidade logo se tornou atrativa, pelos
empregos ofertados. As serras destruídas gradativamente. Devido as constantes diárias
explosões, os velhos casarões tremiam, paredes trincavam, até o sino da
capelinha tocava nas manhãs.
Havia uma meta a ser
cumprida em toneladas ano. A fúria na exploração trouxe gigantescas maquinas e
caminhões, que devoravam as serras e picos, onde havia o mineral precioso. Logo
onde havia um pico de minério, virou uma enorme cratera de uma terra azulada. É
a marca da destruição de um ponto histórico da cidade, o Pico que originou o
nome da cidade em Tupi-Guarani.¹
Onde havia excesso de minério de ferro, hoje há
escassez e um abandono sistemático chega com preocupação na cidade, que se
tornou refém da mineradora. Hoje ficam nas lembranças e fotografias um
majestoso Pico onde dançavam e uivavam os lobos Guarás que agitavam as noites
de Lua Cheia.
Toninho
27/06/2025
Grato pela leitura.
Nota 1:
Ita =pedra
Bira= que brilha
Itabira