Para a estrada lança um olhar,
Quando recria sua longa espera,
Da janela assiste o dia a passar,
A contar as horas nesta quimera.
Quase nada nela identifica vida,
Além do olhar úmido de esperança,
A chama que não lhe faz vencida,
Ao acender no peito a confiança.
Ela vive pela teimosia de sonhar,
Debruça nesta janela sua tristeza,
Instigada pela arte de perseverar,
Que não se entrega a fraqueza.
Confusas imagens vêm na memoria,
Que no seu desespero busca abraçar,
Alimenta-se desta infinita espera.
De ver na estrada, a filha regressar.
E na hora alegre da Ave Maria,
O canto vem afagar seu coração,
No ultimo olhar na estrada vazia,
A janela se fecha para sua solidão.
Com a mão entrelaçada no Rosário,
Apoiada nas cinquenta ave-marias,
Como uma sacerdotisa no breviário,
Busca forças para esperar outro dia.
Então adormece esta mãe da janela,
Com seus olhos rubros de melancolia,
Aos pés da Santa queima uma vela,
Para a fé que renasce em cada dia.
Toninho
20/05/2013
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Apenas uma inspiração,que bem sabemos
ser uma realidade na vida de muitas mães.
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Linda inspiração, bem fundamentada e tantas vezes realidade. Muito lindo teu poema, Toninho! abração,tudo de bom,chica
ResponderExcluirÉ verdade Toninho, uma mãe está sempre a espera um filho. Muito linda sua inspiração, cheia de sensibilidade. Agradeço a vc o imenso carinho nos meus blogs, grande bju.
ResponderExcluir=> Gritos da alma
=> Meus contos
=> Só quadras
Muito lindo o poema... as maes que a esperar...rezam por seus filhos...
ResponderExcluirBeijos Toninho...
Olá querido amigo!
ResponderExcluirLindo poema!
Verdade... a dor que aperta o coração de uma mãe é com certeza uma das maiores dores do mundo. Mães zelosas sentem sempre com indescritível intensidade.
Beijos,
Lis
Lindo poema, bem ritmado e soando feito canção.
ResponderExcluirA Ave Maria vem dar um toque de melancolia para estes versos tão reais, que faz adentrar ao sentimento desta mãe.
Um abraço meu amigo poeta, até breve.
Que lindo poema!
ResponderExcluirA esperança não pode morrer nunca.Pobre mãe!
Embalada pela linda música de Fernando Brant e Lô Borges. Fascinante!
Abraço, amigo Toninho.
ResponderExcluirOlá Toninho,
Lindo demais!
Somente a esperança e a fé para dar suporte a estas mães sofridas.
Abração.
Que lindo!!! Palavras encantadoras!!
ResponderExcluirestou seguindo-o! =*
Belo poema. Admiro quem tem o dom de poetizar.
ResponderExcluirE quantas mães, principalmente de filhos desaparecidos, não estão a passar por isto.
Olá meu querido, não fosse o PC. E a companhia quase entre aspas do meu marido, a minha vida se encaixaria nestes versos lindos...pois saiba que os meus dias também se passam dentro de quatro paredes, que só saio para ir ao médico, e há farmácia... e pouco mais, todos temos opção de escolha! E de uma pessoa cheia de vida e alegria, que sempre corria como o vento... me tornei neste ser mais do que errante...até da janela me afasto.
ResponderExcluirBeijinhos de luz e muita inspiração na sua alma.
Olá Toninho
ResponderExcluirLindo e triste. Imagino a agonia de uma mãe, a esperar por uma filha que partiu e não dá notícias.
Abração
Olá toninho amigo,
ResponderExcluirSeu poema é muito mais
que uma oração, colos de Marias,
onde a fé nunca esmoreça
pelos tempos, pelos dias...
A prece que não se definha,
pelo contrário,
fortalece na passagem
tela essa que se abre,
em eterna em viagem...
Pelos dias que correm a solta
pelas aflições que se sente,
filhos de mães, inda discente,
aprimorando seus dotes,
para um futuro docente,
mas as mães, pobres mães
que não vê seus filhos crescerem
os guarda no coração eternamente
e sem cansaço ora por eles...
O meu encanto com a poesia
é de tal forma algo que não se
descreve,
das letras que são de todos,
quantos versos não brota do mais
profundo....
letra essas apaixonante, divagantes
pelo mundo
versos tirados da alma, corações
almejantes de calma em prece
a cada segundo...
Encantada...
Abraços
Livinha
Comovente poesia e como é verdade!Uma mãe nunca sossega enquanto seus filhos não chegarem em casa.Adorei a canção,minha preferida!E por sinal está no meu post de hoje no Asas dos versos.bjs,
ResponderExcluirAh! a espera incansável de mãe que o coração não se aquieta enquanto o filho/a não vem.
ResponderExcluirbjs
Mineirinho, todas as mães se identificariam com esses versos. A espera as acompanha por toda a vida, independente da idade dos filhos. Não os tenho, mas recordo a angústia de minha mãe, quando demorávamos. Não cabia em uma janela. Muito belo seu poema. Bjs.
ResponderExcluirQuando permitimos que ela se abra, abraço Lisette.
ResponderExcluirPreciso confessar que... Chorei.
ResponderExcluirPoeta, tu tens uma luz que brilha de forma inexplicável!
Deus te cuida hoje e sempre.
Beijos com carinho.
Boa noite amigo Toninho
ResponderExcluirVim te trazer o meu abraço pelo dia de hoje. E como é gostoso dar um abraço em alguém que a gente admira. Feliz dia do abraço!
Gracita
Toni,
ResponderExcluirMãe é mesmo assim como descrevestes, me vi quase inteiramente em teus versos. Lindo meu querido! Gr. Bj.! e obrigada sempre!
Toninho
ResponderExcluirFiquei feliz em o encontrar, depois da longa ausência, sua e minha!
E essa mãe que espera à janela o regresso da filha
e á noite se recolhe e acende a vela e reza o rosário,
bendita seja e possa suportar essa solidão que não passa mais...mas resta a Esperança!...
Um abraço e grata fico por se debruçar por aqueles
que em isolamento vivem e esperam...
Maria Luísa
Olá Toninho!
ResponderExcluirGrata pela sua visita e participação no meu blog.Já o sigo há bastante tempo mas... o tempo não dá para visitar todos. Gosto muito do poema inspirado nessa janela. Alguém (uma mãe ) esperando ansiosa...
Parabéns!
Um abraço.
M. Emília
Oi Toninho!Hoje só vim retribuir sua visita e compartilhar esta beleza de poesia!bjs,
ResponderExcluirOi, Toninho!!
ResponderExcluirMe enchi de nostalgia ouvindo a música que postou! Saudades das Minas Gerais...
Acho que as mães só dormem sono tranquilo, quando tem os filhos debaixo de suas asas. Contrariadas são obrigadas a ver os filhos voarem. Seu poema remete a realidade da solidão materna!!
Beijus,
oH!MINAS GERAIS !!!!!!
ResponderExcluirSABIAS QUE NESTES DIAS ESTAREI AI PRA FAZER UMA VISITINHA QUE AINDA NÃO CONHEÇO ESSAS TERRAS,PRECISO SENTIR ESSE CHEIRO !
MEU AMIGO !!!!!!!!!!!!
ME CONTA O SEGREDO DA INSPIRAÇÃO DESSE POETIZAR COM TAMANHA ESSÊNCIA...
BJS DA ESPOLETINHA !!!!!!!!!!!!!!
Olá,Toninho
ResponderExcluirQue belo poema!
Faz-me lembrar os dias em que estou longe da minha filha e netas:a nostalgia é tão avassaladora que perdemos o apetite,só olhamos para o relógio,contamos os dias, sempre na esperança de nos tornarmos a ver.
Tanta inspiração,meu querido amigo!
Bom fim de semana
Um abraço da
Beatriz
Olá meu querido amigo, só hoje me dei conta que as suas atualizações não estão aparecendo na minha lista de blogs, removi o link e coloquei novamente e agora acho que está ok, peço desculpas pela ausência, lembro que vc esteve ausente cuidando de sua mãe, espero que esteja tudo bem! Falando em mãe essa poesia retrata bem como nós mães estamos sempre rogando a nossa sra para que proteja os nossos filhos!muito linda! Um abraço carinhoso!
ResponderExcluirGostei muito deste seu post.
ResponderExcluirUm gosto estar aqui.
Bj.
Irene Alves
Acredito que da maioria das mães, pois depois de colocarem filhos no mundo, o sossego some do vocabulário.
ResponderExcluirBeijinhos, amigo!
Eu que o diga meu amigo, nesta janela tenho tido lugar cativo, e como estendem os dias, tornam-se longos e vazios, beijos Luconi
ResponderExcluirEsta é uma linda oração. Toda mãe espera pelos filhos que se ausentam por alguma circunstância.
ResponderExcluirToninho identifiquei-me muito . Fico sempre aflita enquanto a minha filha não chega.
Lindos dias para você.
um grande abraço.