sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Desespero da solidão.





Imagem Google





  




Quero ver nos teus olhos o brilhante,
Como o amante cheio de pedidos.
Reencontrar teus passos errantes,
Para acariciar os teus egos perdidos.

Quero na noite ser o guardião zeloso,
Como um anjo de sonhos esquecidos.
E te acordar nas manhãs carinhoso,
Sob as luzes dos raios incandescidos.

Ouvir da janela a sabiá Laranjeira,
Regente da passarada na alvorada,
Ela ali enamorada pelo Sabia Coleira,
O instante de uma manhã imaculada.

Desespero-me na busca incansável,
Aqui embriagado padeço meus desejos,
Com esta bebida estranha intragável,
Meu coração embrulha-se no desapego.

Às vezes alço um voo coordenado,
Mas nunca pouso nos braços da paz,
Toco minhas asas quebradas no chão
Aterrisso perdido na viagem ineficaz.

Outras vezes como refém da clausura,
Ajoelho humilde perante a Madona,
Numa prece que amenize a amargura,
Desespero em solidão nesta maratona.

Toninho.
Apenas uma inspiração nesta senhora.
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 Um belo fim de semana a todos.
Tenho tido dias de muita ocupação,mas vou visitar a todos.
Grato sempre pela leitura e comentário.








quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Será que fui eu?

Claro que não fui, foi ela nossa amiga Celina que belamente reuniu num livro todas suas lembranças de vida bem vivida ao longo dos anos e nos brindou com um livro gostoso de ler, onde conta casos com toda uma graça. É como se ela estivesse numa daquelas cozinhas de casas do interior, que ficam nos fundos das casas como Rubem Alves bem define, onde a familia se reune pelas noites, para contar causos saboreando as guloseimas de um forno ou fogão à lenha, é esta a emoção, que senti ao ler o livro, que me fez voltar ao passado em cada estoria. 

É um livro que pode ser lido abrindo aleatoriamente uma pagina, como aqueles livros de pensamentos e sabedorias. Tenho a grata satisfação de possuí-lo com um belo preciso prefacio assinado por Daniel Henrique Gregório de Albuquerque que bem se mostra sensibilizado com as estórias contadas por Celina.

O livro teve um belo lançamento como tivemos oportunidade de ver pelas fotografias em seu blog, onde a família se faz presente em suas gerações. Ela se apresenta como uma mulher bem família, que viajou por este Brasil com seu companheiro por necessidade do trabalho e assim, com arte coletou amigos por onde passou e foi abastecendo sua sacola de contos e causos.

Quem conhece a Celina sabe de seu coração pulsante e doador. Já lemos em Chica sobre seu prazer em presentear os amigos, pois que isto lhe afaga ainda mais o coração doador. Eu tive a grata satisfação de conhecê pessoalmente numa de suas passagens por Salvador com sua filha Vera, uma fiel escudeira.

Parabéns Celina, seu livro vem coroar sua trajetória neste mundo e concluir mais uma etapa, uma vez que creio já plantou algumas arvores por aí, que frutificam como os belos filhos que tem. Um livro coletânea que desperta o nosso prazer da leitura, ao nos remeter para um tempo onde muitos de nós vivemos semelhanças.

Parabéns e obrigado Celina por compartilhar suas emoções neste livro, que marca definitivamente sua passagem pela arte da escrita.

Toninho.
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 Para quem não conhece siga o link para conhecer seu blog 
http://seraquefuieu.blogspot.com.br/ 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Mindim_Sentinelas do amor




Guarde
Bem
O amor,

Como
Joia
Rara.

Se
Falha,
Mata-se.

Perde
O elo
Vital.

Será
Louco
Penar,

Sertão
Sem
Chuva

Dor
Morte
Lenta.

Jardim
Sem
Flor.

Mãos
Soltas
No ar.

Toninho.