sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Lembranças sofridas.










 


Lembranças sofridas.

E foram estas noites de escuridão,
Um pau de arara que não quebrava,
Sentimentos dolorosos de solidão,
Num país que a incerteza reinava.

Os sonhos assassinados na mente,
Sob o aparato daquela maldade.
Nos corredores fétidos um inocente,
Diante do carrasco a perversidade.

As mães desesperadas pelas praças,
Numa sala uma mulher se ajoelha,
O silencio era a estampa do cidadão,
E malditos fracos viviam da delação.

Meu Deus quanta maldade atroante,
Neste período que manchou a nação,
E por ironia há quem ainda os venere,
Como os reais protetores, triste visão.

Nada eles sabem do sangue derramado,
Daqueles torturados nos podres porões,
Que esmagaram homens em corredores,
Onde a morte terminava com as ilusões.

Não, não me fale deste tempo do medo.
Com nossos olhos cansados de agora,
Pois dele nunca mais esqueceremos,
Das tristes lembranças de outrora

O país não suporta mais uma ditadura,
Que faça calar quem se levanta e luta,
Pois não foi completa aquela abertura,
Que veio resgatar toda nossa esperança.

Toninho.
24/07/2013
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No período critico das manifestações de ruas, ouvi algumas pessoas tecendo loas ao periodo da ditadura com certo saudosismo, em nome de uma paz, que julgavam ter naquele tempo de solidão e maldades. Ai saiu isso.
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Um lindo fim de semana a todos.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Mindim_Nunca morreu.

















Nunca morreu.

Nunca
Diga
Jamais.

Pois
Tudo
Gira.

Basta
Você
Pensar

Logo
Você
Refaz

Então
Verá
Porque

Nunca
Não tem
Vida.

Tudo
Muda
Sempre

Por que
Não
Você?

Toninho.

Mindim é uma estrutura de texto criada pela poetisa Luna Di Primo.
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As vezes usamos muito a palavra nunca e não sabemos o quanto ela é profunda.