Abri a preguiçosa janela
do quarto,
Para meus olhos que buscam
o além,
Mas nada além de nuvens
escuras.
Que debruçam sobre o
imenso mar.
A tarde caí lentamente sobre
o dia,
Ainda vejo os pássaros retardatários,
Em voos desordenados para
os ninhos.
Nos coqueiros implantados
na praça.
As nuvens se derretem
sobre o mar,
Ondas gigantes avançam na praia,
Criam o véu de noiva sobre
a pedra,
Vai e vem de ondas a beijar
a areia.
Com olhar carregado de
lembranças,
Lanço-me no voo solitário
na tarde,
Com minhas asas fechadas no
vazio,
Preludio que anuncia uma saudade.
A cidade já enegrecida
parcialmente,
Uma derradeira onda vem se
despedir,
Ergo meus olhos ao Céu
discretamente,
Clamo à Estrela- Guia para
me conduzir.
Toninho.
13/09/2013.
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