sábado, 9 de janeiro de 2016

Alegria ao som do cincerro.



Longe muito longe se ouve a sineta,
pouco se vê além na longa estrada,
o tilintar do cincerro faz a certeza,
o pai já está próximo com a boiada.

No terreiro um menino na euforia,
na espera das maçãs há ansiedade,
o embornal o cheiro que denuncia,
o papel roxo contrasta a felicidade.

Já se vê a poeira o som agora alto,
o menino está aflito não diz nada,
sonha corre e ensaia alguns saltos,
seu coração agitado pela chegada.

Seu cão fareja, late como a avisar,
no Céu azul revoam passarinhos,
o alazão relincha, ouve-se tilintar,
no terreiro sente-se o burburinho.

O som do cincerro devolve seu pai,
de cima do cavalo emite um grito,
e salta elegante como um samurai,
para abraçar o filho como um rito.

Toninho.
Dezembro/2015

Aqui também escrevemos: toninhobira.blogspot

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Cincerro: uma sineta de bronze colocada no pescoço de animal (boi, cavalo cabra) como guias de bandos e ou para que sejam encontrados nas matas fechadas, mas que muitos cavaleiros gostavam de usar em suas montarias nas viagens como anuncio de sua passagem.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Manhã de chuva


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Texto com as palavras: chuva, vento, amor, azul, vermelho e rua. 
Criação livre desde que contenha 77 palavras no texto.



Manhã de chuva



Caminhava pela rua em direção a fabrica, quando um vento surgiu levantando poeira. Sinal de chuva. Apressei os passos, vi um plástico vermelho junto a um contêiner, era uma velha sombrinha. Logo eu que morro de amor pelo azul, como usar uma assim vistosa e feminina? Sem opção sai meio sem jeito com ela. Próxima da fabrica a coloquei junto ao poste. Corri até ao portão, era o toque derradeiro da sirene. Acordei assustado com o despertador.

Toninho
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