sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Quando o vento canta.












Quando miro seus olhos de alegria,
sinto toda minha felicidade.
Instante mágico de harmonia
que se define na cumplicidade.

Se lhe toco, as mãos se encantam.
No fogo que arde e estremeço,
sinto na pele macia a suavidade,
quando lhe envolvo com apreço

Seu corpo uma taça de veneno.
Cada minuto de êxtase pleno,
que faz lembrar o doce encanto.

E quando sopra o vento ameno,
nos corpos orvalhados do sereno,
sentir a beleza dele neste canto.

Toninho
20/01/2012.

Caso queria ouvir uma musica aperte o play do tocador.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Haikai IV





Voa liberdade
Aquarela pelo ar_
Vem borboletas.






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Sensibilidade da Calu: http://fractaisdecalu.blogspot.com/ grato Calu.

Asas coloridas
tingem o ar
feito de poesia.
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Elisa T.Campos expert em Haikai: http://pintandohaikai.blogspot.com/

Fiz origamis
de borboletas mil
Feliz Ano Novo

sábado, 14 de janeiro de 2012

Se teus beijos fossem água.











Se teus beijos fossem agua

Se teus beijos fossem água beberia desta fonte,
como um beduíno sedento esvazia um Oasis.
Nesta sofreguidão sentiria escorrer pelo peito
Água Fresca a purificar toda a minha saudade,
onde tu és a minha maravilhosa vontade.

Ah, se teus beijos fossem água, que sacia,
que alivia minha angustia no meio do dia,
na garganta que seca não profere palavras,
mas apenas balbuciar teu nome na euforia.

Penso nos teus beijos, te vejo neste mar.
Nas ondas que se elevam sopro de brisa,
restos de lembranças do teu frescor de amar,
assim amanheço nesta maresia de saudades.

Se teus beijos fossem esta água cristalina,
banharia neles, gravaria nas minhas retinas,
nossos belos momentos de encanto e ternura.
E nesta eloquência afogaria minha loucura.

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Toninho.
14/01/2012.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Haikais de Ninhos



Ninhos exóticos
Engenheiros da mata_
Guaxos constroem.











Casebre de barro
Faz o pedreiro da mata_
João de Barro.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sem razão.

















É ela, a mulher de alma nua,
leva no fardo profunda tristeza
seu olhar perde-se num tempo.
Falta censura circula pela rua,
sob os olhares de reprovação.

É mais uma mente que vacila
que leva da vida apenas ilusão,
que um dia sorte a lhe faça visita,
que acabe com toda frustração.

No seu mundo há desencanto,
na voz apenas um lamento,
que lhe acompanha num pranto,
numa nudez do discernimento.

Ela fica neste vai e não vai.
Sem um teto apenas agradece.
Sobre o viaduto a noite cai,
sob o jornal sonha e adormece.


Toninho.
09/01/2012

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Assim como um rio.















Assim como o rio que nasce numa pequena lamina d’água, sem forças, sem perigo, que você pode até pegar com as mãos, este mesmo rio mais tarde nos assombra os olhos, quando adquire dimensões de um mar. Então ele segue sua trajetória serra abaixo, circula pelos vales alimenta suas margens, cria cachoeiras lindas, mas segue a destruir plantações e casa ribeirinhas. Mas que logo depois se deixa morrer lentamente nos braços de um mar.


Assim é a nossa vida nascemos frágeis, inocente, puros e belos e no processo evolutivo vai se adquirindo força e beleza, cria-se a maldade, enraíza a inteligência, mas vem o tempo com suas garras afiadas no ataque diário, onde muitos se tornam em seres fracos e expostos às todas as maldades do mundo, ou se tornam em um carrasco para a sociedade e natureza. Mas há os que se equilibram e se tornam imprescindíveis à sociedade e ao meio ambiente, como diria Berthold Brecht. Penso que estes merecem de nós, todas as homenagens e respeito.


É preciso ser rio, mas o que alimenta e irriga por onde passa, que deixa suas marcas, não só de destruição, mas de vida em abundancia, símbolo de harmonia e unidade em perfeita sintonia com a sociedade e a natureza, para que lá frente possa belamente descansar na imensidão azul deste maravilhoso mar, ou que sabe repousar sua cabeça num travesseiro de palhas secas olhando para o infinito azul deste Céu e se deixar levar pelo toque suave das mãos do Criador.


Toninho.
05/01/2012.

Pensando nas terríveis chuvas que assolam minhas Minas e nos heróis no meio desta calamidade, bem como na nojenta inoperância do Estado em prevenir e preservar vidas, cidades e historia.