sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Amor impossível amor.















Nos tachos o calor, no peito a dor nos porões.
Lá onde se perdia em tamanha desilusão
Numa espera inútil insana de reviver o amor
Que jamais passaria naquele lugar de dor.
Onde nem mesmo se sentia valor.

Um amor que nascera no meio do canavial
Onde o sol castigava aqueles homens
Em cada rosto a angustia a saudade emoção
Lembranças daquele inferno navio de terror
Que os trouxe para este mar de desilusão.

Cada fala deste moço alfinetava o coração
Palavras de incentivo morriam sem vidas
Sem nexo apenas levavam minha emoção
Ainda lembro suas lagrimas rolando no peito negro
Como rio sertanej0 preguiçoso em seu leito.

Apenas segurava-lhe as mãos
Com palavras de esperanças de vida futura
Onde só mesmo o Criador aliviaria sua agonia
Onde nada de fantasia invadiria seu coração.

E daquele teto de porão gotas pingavam suaves
As gotas caídas no corpo ardiam como chibata
Outras lhe caiam na boca causavam alucinação.
Assim vivia de boca para o alto aliviando o coração.


Sem traumas remexendo num tempo infeliz da historia do Brasil, que nenhuma reparação apagará o rastro de maldadee desrespeito ao ser humano.
Paralelo à lenda da invenção da pinga (cachaça).

Toninhobira
08/12/2010

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Homenagem recebida




Algumas coisas que nos acontecem que buscamos compartilhar.

Vejam amigos minha alegria e emoção deste poeta estelar.


Obrigado Claudio Poeta. 

Favor acessar o link abaixo.

 
http://vidaalta.blogspot.com//



Toninho
15/12/2010.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Desejo de amar II












 



O desejo de amar que me alucina
Como Sincronia das aves de arribação
No corpo emoção e desejos tudo se aglutina  
Olhos nos olhos, cena muda pura paixão

Equilibrar na balança da emoção.
No instante que lá fora nada interessa
Na busca do limite, a aproximação
Passos rítmicos na vida que se apressa.

Ardente na vontade do corpo que deseja
Desejos tontos momentos de volúpia
Parada, estática entrega o que se almeja

O desejo de amar no medo de sofrer
Corpos desejosos reprimidos na angustia
Viver na euforia na loucura do querer 





O sol levantou mais cedo e cegou
O medo nos olhos de quem foi ver
Tanta luz. (Beto Guedes)

Uma reedição do Recanto das Letras.
Toninhobira.
28/11/2010