A rua deserta
As pessoas escondidas atrás da porta.
É o medo...
A mulher toda torta desce pela rua.
Seu cajado lhe dá proteção,
Das quedas, dos cachorros vadios daquela cidade.
Ela apenas desce pela rua e também está vazia,
Das esperanças, do respeito aos mais primórdios direitos.
Ela vive pela cidade e esmola na porta da rodoviária.
Quando a noite vem, ela some entre ruas e becos.
É o mistério...
Alguns dizem que já lhe viram pelas portas do cemitério
Outros afirmam que ela é a mulher de tábua,
Aquela que assombra em noites as pessoas daquela rua.
Onde todos se escondem atrás da porta.
É o medo misterioso de todos os dias...
Mas lá vem ela,
A mulher toda torta, que na vida sente-se como morta.
E assim povoa meus medos de criança.
Toninho.
02/09/2011
Em Itabira no meu caminho para a escola e igreja, tinha uma rua longa, onde uns quarteirões dela as casas eram feitas de tábuas, e os adultos sempre afirmaram, que por lá aparecia uma mulher de tábua que aparecia no período da Quaresma. Eu menino sofria com o medo, mas não tinha como evitar aquela. Seria mais fácil as pedras do Drummond.
Boa noite, Toninho,
ResponderExcluirTem muita gente carregando o peso do mundo nas costas, muito bom o seu texto. Obrigado por continuar lendo e comentando o meus.
Um abraço, paz e bem
Vamos encher a casa de flores!!!!
ResponderExcluirObrigada pela trovinha! Ficou uma graçinha meu beijo mineiro de flor!
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˚ ˛ •˛• ˚ | 田田 |門| •
Já na minha city tinha era a mulher de goma...com uns 3 metros ou mais...dependendo da hora da noite...kkkk
ResponderExcluirBeijo e boa semana!!!!!!!!
Puxa,Toninho! Até eu fiquei com medo dela!!!Credo!!1 E como é interessante isso, os medos infantis...E são alimentados pelos adultos pra nos apavorar,srrs abração,linda semana e tu escreves muito bem.Descreves tão perfeitamente.O Máximo! chica
ResponderExcluirEsses nossos medos de infancia, levamos pro resto da vida.Eu tinha medo do Dinei Cheira cola, era um homem que cheirava cola e ficava atacando todo mundo. Mas dizem que não era de nada...mas quem quer pagar pra ver?
ResponderExcluirMas as vezes as aparencias enganam. Bjos achocolatados
Uma rua deserta, com casas abandonadas de tábuas e para completar uma mulher misteriosa que aparecia só na quaresma... fiquei com medo só de imaginar, Toninho!!!Mas o seu poema, como sempre, são uma delícia de ler.Adoro!
ResponderExcluirBeijo, querido.
Ps:Toninho, meu blog está em novo endereço... é só clicar no meu nome desse comentário que vc chega até ele.
Toninho!
ResponderExcluirEu sei bem como são essas invencionices que os mineiros de interior criam. Minha mãe é cheia de estórias assim, de coisas que contavam em sua terra natal e que ela também guardava muito medo.
Adorei a estória da mulher de tábua!
beijos cariocas
Boa noite Toninho.
ResponderExcluirAs crianças sempre imaginam algo a mais, nas conversas que houvem os adultos contar.
Seus texto narrou tão perfeito que eu arrepiei.
Beijinho.
Fernanda
Olá Toninho,
ResponderExcluirVocê me fez recordar as histórias de assombração que meu pai sempre nos contava. Ele trabalhou grande parte de sua vida como caminhoneiro e contava coisas horripilantes acerca de mulheres que apareciam nas estradas e desapareciam misteriosamente. Sem falar de outras de cemitérios, etc, etc. (rsrsrsrsrs).
Grande abraço.
Salve meu querido amigo, obrigada por estar sempre por perto, ando mesmo precisando de muita atenção e cuidados, tenho enfrentado muita coisa inesperada, julgava-me sozinha, cinco dias nos corredores de um hospital, preocupada com meu filho, assombrada com infindáveis descepções e solidões, acho que se a mulher da táboa surgisse em minha frente eu contaria os meus problemas pra ela, e ela ficaria apavorada, sairia correndo,correndo com medo de minhas desventuras... rs
ResponderExcluirMeu novo cantinho tá feinho, mas assim que meu filho melhorar e eu também farei do lugar ainda mais belo que o Esferografia.
O Esferografia ficará num musel, num lugar especial de uma saudade que daqui a pouco será apenas lembrança.
Desculpe-me possíveis erros,estou usandoo netbook de minha filha e ainda não consegui me adaptar... rs
Oi Toninho
ResponderExcluirEssa mulher de tábua me assombraria. Quando eu era pequena, eu e meus irmãos tínhamos medo de voltar tarde para casa pelos caminhos do sítio onde morávamos.As árvores e bananeiras farfalhando pareciam fantasmas querendo nos atacar.
Um abraço
Boa noite, meu amigo Toninho!
ResponderExcluirLendo seu texto fui buscar no baú da memória o que mais tinha medo e desses que os adultos usam para nos intimidar, para evitar as peraltices de criança. Lembrei-me da velha porteira (aquela da foto que publiquei no meu poema "Poesia na paisagem do tempo") que você já comentou. Pois bem, ali era o limite da fazenda dos meus avós e quando íamos passar uns dias por lá, aquele também era o nosso limite para as brincadeiras. Então eles nos contavam uma história de um homem que ficava na porteira com um machado e que ele aparecia assim do nada e perseguia crianças. Claro que aquilo era o bastante para não nos afastarmos muito da fazenda e ficar bem debaixo dos olhos deles.Mas a gente só descobre essas coisas quando também fica adulto e às vezes usamos alguns argumentos parecidos com nossos filhos...rsrs.
Excelente texto, meu amigo.
Um grande abraço para você.
Celêdian
Olá Toninho
ResponderExcluirEstas estórias sempre povoam o imaginário das pessoas do interior. Fazem parte da estória da cidade e das pessoas.
Grande abraço
Meu grande amigo!
ResponderExcluirDepois de uma temporada de trabalho com na realizações de festas, cá estou eu já com menos trabalho e com mais disponibilidade para o que gosto que são os meus blogues e seguidores,já sentia saudade.
Gostei deste poema, "as casas de tabuas vazias", como sempre muito bom!
Um abraço bem forte.
Bom dia,Toninho!!!
ResponderExcluirAh! Meu Deus!!É realmente assustador!!Imagino como deve ter sido difícil para um menino ter que enfrentar o medo e passar pela rua todo dia!!!
Lembro bem do efeito que estas histórias tem no imaginário infantil...minha vó nos dias de ventania dizia que a bruxa tava solta, e ia dar nó em nossos cabelos(eu e minhas primas crescemos juntas...), ficávamos com tanto medo que passávamos o dia nos penteando!!rsrsr Mas na época era assustador!!
Acho que se tivéssemos conhecido está história...teríamos morrido de susto!!!rsrsr
Mas é bom demais recordar, né?!!rsrs
Além de ter ficado uma poesia belíssima e assustadora!!!!!
**Muito obrigada pelo carinho!!Meu filho está bem melhor, e meu coração de mãe bem tranquilo!!
Gosto muito de ti também!!Tua boa energia cheia de bondade me cativou!!Que Deus te abençoe!
Toninho, primeiro quero agradecer seus comentários em meus blog e dizer que é muito bom ter sua opinião. Não conhecia, ainda este seu blog, é tão bom quanto o outro.
ResponderExcluirAbraço
Meu lindo amigo!
ResponderExcluirVc nem sabe como tenho medo de coisas infantis que ficou no passado...de lendas nem me fale,pq venho do campo...
bjs meu lindo...estou com saudades de te ver por lá...
bjssssssssss
Olá, Toninho!
ResponderExcluirHistórias que nos metem medo, quando crianças, mas, quantas mulheres tortas, encurvadas, perambulam por ruas e becos mendigando, enquanto as portas se fecham? Será que nos metem medo também? Ou será que devemos ter medo de nós mesmos por nos escondermos por trás das portas?
Será que a ficção amedronta mais que a realidade?Ótimo texto.
Um grande abraço e bom feriado
Socorro Melo
Oi Toninho
ResponderExcluirEste seu compartilhar em poesia me fez lembrar de alguns medos da infância e que foram exacerbados por adultos que não se dão conta do quanto a imaginação infantil vai longe no medo.
bjs
Olá Toninho.
ResponderExcluirPassei para te deixar um beijinho.
Boa noite querido.
Fernanda
BOA NOITE TONINHO,
ResponderExcluirHá histórias maravilhosas da nossa infância.
Fantasmas, que tememos, mas que depois, amamos e recordamos.
Bom feriado.
Beijos de luz.
Oi Toninho, ao ler esse seu poema, me lembrei da minha infância, apesar de ser criança de cidade grande, tb tinha minhas assombrações e meus medos...qq dia conto a minha estória...te ler hj me fez viajar numa nuvem e voltar há quarenta anos atrás...obrigada pelas lembranças que despertou em mim, beijão,
ResponderExcluirQuando a saudade aperta, arranjo um tempinho pra visitar os amigos.
ResponderExcluirO bom é que eles sempre me recebem com o que há de melhor! Belo texto, amigo!
Valéria Soares - Candelabros
A gente costumava brincar por aquelas bandas, mas só de dia. À noite, nem passava perto.rsrs. Havia o Tião Magrelo, amigo nosso que morava em uma dessas casas e ele constantemente reafirmava que isso era verdade. Acho que ele queria era ter algum poder sobre a turma. rsrs.
ResponderExcluirAbraços, meu amigo e obrigado pelo carinho de sempre.
PS: postei novamente as fotos.Tive que dar uma de jogador (perneta) e dar um drible na minha ignorância cibernética. rsrs.
Toninho, passando, neste 7 de setembro, pra deixar meu beijo e votos de um belo dia!
ResponderExcluirOi Toninho!
ResponderExcluirO imaginário das crianças é povoado por muito medos que os próprio adultos tratam de incultir na cabeça das crianças, nossos medos mais íntimos, mas o que se passa na cabeça destas pessoas objetos de nossos medos, e os seus medos? Belo poema!
Abraço!
Oi meu querido...gostei dos seus versos que retrataram de uma maneira bem realista, todo o medo que permeia o imaginário do povo, que dirá a cabeça de um menino...assusta mesmo.
ResponderExcluirBeijos...
Valéria
Toninho, e é pra sentir medo mesmo!Até eu fiquei com medo,imagine uma criança!Uma poesia muito criativa e bem escrita,adorei!Bjs,
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