segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Tristonho trovador.


Na cauda da estrela cadente,
a esperança ruía estilhaçada,
apenas trapos do amor jacente,
triste o trovador sem a amada.

A noite fria seguia lentamente,
nos olhos do tristonho trovador,
sob a janela canta tristemente,
desfiando versos com a sua dor.

Uma viola como companheira,
um acorde de uma melancolia,
o olhar perdido na lua faceira,
ecoa o lamento frio da agonia.

Ébrio de amor vê uma imagem,
acende a chama da esperança
tênue do beduíno na miragem,
abre-se a janela, voa a aliança.

Toninho.
29/08/2014
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