Ouço os gritos do pingo da chuva,
bela queda livre sobre uma lata,
esquecida lá fora debaixo da bica,
trás num som a saudade de casa.
Cada pingo emitia sons ritmados.
Eu os via tão saltitantes, libertos,
como os kamikazes apaixonados,
ao som da orquestra nos desertos.
Na chuva a saudade manifesta,
lembranças interioranas lá fora,
aqui neste barraco é uma seresta,
reviver a minha vida de outrora.
Quando a chuva por fim partia,
da janela se via todo Céu celeste,
descia o pano da sessão nostalgia,
e agradecia a chuva numa prece.
Um retardatário pingo que caia,
eleva meus olhos para o telhado,
vem desta lata a ultima melodia.
Com o som quem vem do passado.
Toninho
15/04/2016
Morei em Belo Horizonte
juntamente com outros jovens estudantes interioranos, quando chovia, a gente
gostava de ouvir o som dos pingos da chuva sobre uma lata, que estrategicamente
deixávamos sob a bica.
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Uma boa semana para
todos nós.
Linda tua poesia e realmente nada mais convidativo para chamar o sono do que a chuvinha caindo lá fora e ainda com os pingos fazendo barulhinhos nas latas... Adorei! Aqui precisamos de uma chuvinha! O calor está infernal! abração,chica e tudo de bom!
ResponderExcluirQue lindooo... ficar ouvindo pingos de chuva tbm me traz tao boas recordaçoes, principalmente quando a luz acabava e ficavamos so ouvindo o barulhinho da chuva... pena que hj é tao raro pararmos para ouvir, o barulho da cidade grande,a agitaçao, silenciou o barulho dos pingos...
ResponderExcluirBeijos, Toninho...
Nada mais a propósito que este belíssimo momento chuva que cai hoje aqui na minha linda cidade Lisboa ,pois como se diz em Abril águas mil,maravilhoso caro amigo Toninho ,um grande abraço ,muitas felicidades
ResponderExcluirE que melodia gostosa é dormir e acordar com chuva, e as goteiras fazendo concordância com as gias que eu morria d emedo e morro até hoje, deu saudade da casa da avó. Por aqui chove e faz frio esses dias. Tem novidades no blog
ResponderExcluirOlá, Toninho!
ResponderExcluirVocê soube retratar, de forma poética, momentos inesquecíveis de sua vida. A chuva tem esse dom de nos tranportar ao passado e de libertar lembranças queridas, guardadas em nosso íntimo.
Grande abraço
Socorro Melo
O ritmo compassado das pingas de chuva, como a nota solta que se solta de uma nuvem feita guitarra. Saudades Toninho, dos tempos em que não havia pressas, ficar presa a esta música da Natureza.
ResponderExcluirE que poema!
beijinho.:)
O ritmo compassado das pingas de chuva, como a nota solta que se solta de uma nuvem feita guitarra. Saudades Toninho, dos tempos em que não havia pressas, ficar presa a esta música da Natureza.
ResponderExcluirE que poema!
beijinho.:)
Chuva do interior é de fato mais interessante e mais gostosa do que chuvas nas cidades!
ResponderExcluir~~~
ResponderExcluirUm poema de saudade, muito belo e encantador.
As primeiras chuvas
são sempre bem vindas, porém, acontece que
agora, no nosso país, estamos fartos de chuva
e desejando sol e verão que é seco e quente.
Em Portugal, estamos muito preocupados com a
situação do vosso país.Que tudo corra melhor.
~~~ Abraço amigo, Toninho. ~~~
Olá Majo. Grato sempre pela presença amável.
ExcluirEsperando seu blog ativo. Tenho acompanhado as chuvas de lá pelos queridos amigos de Portugal.Primavera estranha assim como nosso Outono.A situação da politica chega ser cômica do lado de cá.Bandidos condenando e bandidos fugindo por todos os lados. Uma vergonha.Mas vai sair desta creio.
Bjs.
Oi Toninho
ResponderExcluirLendo seu lindo poema, lembrei-me na hora que meu marido até hoje gosta de fazer isto, colocar uma latinha na pingueira, e dormir com o som da chuva batendo, tem gosto de infância.
Lindo!!
Um abraço
Toninho,
ResponderExcluirQuando ouço em silêncio a chuva, sou tomado de doces lembranças da infância, quando então ouvia a sua sinfonia de gotas no telhado. Belo poema, meu amigo. Parabéns.
Grande abraço.
Fiquei aqui babando por esse som, Toninho! Estamos aqui numa secura sem fim e saudosos desse maravilhoso som! A imagem também soberba como o seu poema! Vou levar comigo essa linda imagem, Ok? Seu blog fica relojando, relojando e demora para abrir! Abraço forte!
ResponderExcluirOuvir a chuvinha caindo quando se está no aconchego do da nossa casa é tudo de bom.
ResponderExcluirLindos versos, Toninho.
Agradeço o seu gentil comentário e participação bem humorada lá na brincadeira.
Tenha um ótimo dia, amigo
Um abraço apertado de
Verena e Bichinhos.
Bom dia Toninho.
ResponderExcluirUm belo poema, que tocou a todos nós, pois sempre ocorre lembranças de um dia onde o som dos pingos da chuva era uma grande alegria. Eu amo também tomar chuva rsrs, faz tempo que não faço, me da uma ótima sensação boa. Enorme abraço.
Olá, Toninho.
ResponderExcluirEu também adoro o som dos pingos de chuva, mas nunca experimentei a lata... vou tentar.
Minha mãe tinha telhado de zinco em casa, e quando chovia forte, o barulho era de matar.
Belo poema, belíssimo!
Uma poesia que retrata um momento vivido. A saudade foi a inspiração.
ResponderExcluirUm abraço.
Bonitas recordações saudosas que lhe inspiram a poetar. Bom feriado. bjs
ResponderExcluirBonitas recordações saudosas que lhe inspiram a poetar. Bom feriado. bjs
ResponderExcluirBoa noite Toninho,
ResponderExcluirGostei imenso do seu poema lembrando os pingos da chuva caindo.
Também tenho uma recordação semelhante de criança. Adorava ver chover e os beirais que pingavam do telhado em frente a nossa casa.
Desejo continuação de boa semana.
Beijinhos e muita paz.
Ailime
Toninho, o som da chuva é sempre uma linda melodia pra gente. À noite, na hora de dormir, é uma delícia! E uma gota ou outra que cai sobre algo que provoca barulho maior, pode incomodar quem não tem paciência, mas é mais reconfortante ainda. O cessar do som... alívio, sono, tranquilidade....
ResponderExcluirBoa noite, poeta!
Beijos!
A MÍ TAMBIÉN ME ENCANTA LA LLUVIA.
ResponderExcluirABRAZOS
Mineirinho, suas ricas lembranças, poeticamente narradas, me levaram à infância. O som dos pingos da chuva, caindo sobre latas, era comum no interior. Melodia que perdemos no decorrer dos anos, olhando a chuva com outros pensamentos.
ResponderExcluirBelo poema e música de bom gosto. Bjs.
Kamikases apaixonados ao som da orquestra no deserto! adorei !
ResponderExcluirToninho estás realmente inspirado, quando recorda os sons da chuva que um objeto metálico ( lata) produz !
Sublime poesia!
É poeta saudades de tuas inspirações, veja só que beleza de poema, até me fez ouvir o barulhinho dos pingos de chuva que sempre eu amo tanto, me leva para longe, amigo feriadão as mamães estão com os bebes e eu então consigo vir a net, e como é bom vir e relembrar, bjos Luconi
ResponderExcluirツ
ResponderExcluir"Para mim, a chuva no telhado é cantiga de ninar..."
Gostei da delicadeza dos seus versos e das suas lembranças.
Bom fim de semana com tudo de bom!
Beijinhos.♬♪ه° ·.
💕ه° ·.
Bonitos versos e recordações! Ver e ouvir a chuva caindo é um rico espetáculo!
ResponderExcluirBom fim de semana...
Abraço
Oi Toninho teu lindo poema me deu tantas saudades!
ResponderExcluirEu sempre gostei de ouvir desde muito pequena, a chuva caindo, batendo em latas, bacias, como era bom!!Amei!
Abração!
Mariangela
Adoro ouvir o som da chuva a bater nos vidros das janelas.
ResponderExcluirLindissimo poema
Um grande abraço
Maria
Que delicia ouvir a chuva, abraço Lisette.
ResponderExcluirÉ incrível, Toninho, como um som, no caso um pingo de chuva, pode trazer um pedaço de nossa vida passada... É bom demais, ouvir a chuva nas calhas, na hora de dormir...
ResponderExcluirLindo o seu poema.
Beijo!
O som dos pingos da chuva numa lata. Também me traz recordações... Gostei do poema e da memória desse seu tempo.
ResponderExcluirUm beijo.