Uma imagem em um conto ou mini conto é uma interação criada pela Norma que apresenta uma imagem para nossa livre inspiração. Hoje a imagem abaixo com uma frase pode fazer parte da criação. Vamos lá no pensandoemfamilia ver outros amigos inspirados. Abaixo minha inspiração.
Julia
sofria a humilhação no humilde barracão esquecido no alto do morro. Seus
socorros nunca ouvidos pelos vizinhos. Eram assim as noites de horrores, com aquele
a quem dedicou seu amor. Ela lavava, passava roupas para o povo da cidade. O
filho deixava com uma vizinha. Aos domingos vendia picolés pelas praias,
arrastando o filho, que até se divertia naquela areia quente. Eram os momentos
mais leves da vida de Julia.
À
noite de volta para casa cansada e o filho sonolento, enfrentava a embriaguez do
marido com violências morais e físicas. Ainda encontrava forças, para fazer o
jantar. Lembrava sempre de uma frase, que lera num livro da patroa, que dizia, que devia deixar o barco correr por si, que
um dia as coisas arrumariam. Assim adormecia esta guerreira mulher.
E
foi numa dessas noites depois da sessão de agressões, pegou seu filho, uma
trouxa com poucas roupas e desceu o morro, sem olhar para trás. Silencio total pelos
becos só se ouvia as batidas do coração magoado. Alcançou a beira mar e viu um pequeno barco
ancorado, que cabia seu corpo e do filho. Decidiu partir.
Julia
soltou a corda do barco, deixando que as aguas o levasse pelo mar. As luzes
cada vez mais longe, o filho dormia. Julia sorria e não remava. Lentamente o
barco deslizava sem destino, ela sentia livrar-se do pesadelo de vida. Assim adormeceu
neste balanço e acordou ancorada numa ilha com várias casinhas amarelas. Pensou
que ali seria feliz e aquela frase tornou-se sua bandeira pela vida. Estava feliz.
Toninho
21/06/2021
Grato pela
visita.
Cuide-se.
Boa noite de paz, querido amigo Toninho!
ResponderExcluirSensacional a revelia da mulher.
Bonito de se ver uma guerreira levantar a bandeira da independência e se libertar da escravidão da violência.
Bonito demais e poético o desfecho do conto.
Deixar o barquinho deslizar suavemente, pois o Remador está atento ao seu coração livre e feliz.
Nenhuma mulher merece violência.É marca eterna que só um novo e bonito Amor cura.
Parabéns, amigo!
Tenha novos dias abençoados junto aos seus!
Beijinhos carinhosos e fraternos de paz e bem
Lindo conto que mostra o caminho que toda mulher que sofre violência deveria seguir. Um final feliz é o que sempre desejamos. Grata pela participação.
ResponderExcluirbjs
Que lindo,Toninho! Conseguiste dar uma leveza ao final da vida de Julia, que nada de bom teve.sofrendo com o malandro do marido! Adorei tua inspiração! Valeu! abração, tudo de bom,chica
ResponderExcluirAi Toninho, que maravilha seu mini conto acompanhado com esta música que caiu perfeita!
ResponderExcluirVocê tem mesmo grandes inspirações, poeta e escritor de primeira, parabéns!
Quando lemos algo que nos faz formar a imagem, transporta-nos para a cena e emociona, certamente o escritor acertou em cheio com o que pretendia passar. Amei, parabéns!
abraço
Conto recheado de talento, inspiração e criatividade poética. Gostei muito. Mais uma participação brilhante
ResponderExcluir.
Abraço poético
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Que lindo, Toninho. Triste ver violência doméstica, mulher e filhos subjugados . O importante é deixar a vida nos levar e juntos com ela, agirmos, como o fez, Julia.
ResponderExcluirMúsica perfeita! Bela, sua participação na BC!
Um abraço,
Valéria
Conto muito tocante, amigo Toninho. No coração aguerrido da Júlia, há ressonâncias em outras mulheres sofridas em histórias iguais. Tua inspiração ecoa descerrando véus.
ResponderExcluirBravíssimo!
Abraço,
Carminha
Assim muitas "júlias" Deviam fazer. Não suportar violências. Fez muito bem., Adorei o texto!
ResponderExcluir.
Coisas de uma Vida
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Beijos, e uma excelente tarde.
Criativo e maravilhoso conto. Como seria bom que todas as histórias de vidas difíceis, acabassem com um final tão lindo e Feliz.
ResponderExcluirBeijinhos
Uma guerreira sem dúvida!
ResponderExcluirUm belo desafio... 👏👏👏... Bj
Oi Toninho, seu conto ficou maravilhoso, muito significativo!
ResponderExcluirA leitura pode ter várias aplicações, muitas poderiam dizer para deixar como estar, esperar...Ela foi até o barco.
Amei, abração, amigo!
Emocionei-me com a sensibilidade que colocou neste seu conto amigo Toninho.
ResponderExcluirTantas Júlias sofrendo por esse mundo fora. Nem todas assim corajosas, pela força das circunstancias da vida.
A música de Cartola veio dar o remate final neste sua excelente participação. Parabéns !
Um beijinho cheio de paz e saúde !
Fê
Um lindo e tocante conto, que bom seria haver muitas Júlias corajosas que sofrem em todo mundo.
ResponderExcluirAbraço, boa semana
Enfim Julia terá um pouco de paz, livrou-se de um marido machista e cruel
ResponderExcluirBem diferente de mulheres que se sujeitam a coisa piores, belo final Toninho
Abraços!
Sua participação foi ótima, com um conto realista e de superação. A atitude de Júlia trouxe dignidade e um novo tempo. Inspiração é o que não lhe falta, Toninho.
ResponderExcluirBoa noite. Boa continuação de semana. Abç
Julia sofreu mas teve um final feliz, Toninho.
ResponderExcluirGostei imenso!
Lindo o seu conto!
Tenha uma boa noite e bom descanso.
Um carihoso abraço
Verena.
Lindo o conto, uma participação perfeita. Que bom que Júlia abandonou aquela realidade tão infeliz.
ResponderExcluirBjs
Marli
Parabéns pelo conto e participação que infelizmente narra uma estória que muitas vezes, aproxima-se da vida real de muitas mulheres.
ResponderExcluirParabéns também amigo pelo teu blog e por mais este ano no ar.
Gratidão pela presença e delicadeza em meu blog e canal do You tube.
Abração com carinho
Que a gente se liberte dessas amarras, desses pesos, dessas bagagens ruins e/ou desnecessárias que nos impedem de seguir. Parafraseando O Raul Seixas, eu digo: primeiro disco voador que passar, eu pulo dentro. Abraço, amigo.
ResponderExcluirPrincipalmente as mulheres que sofrem tudo isso relatado no seu conto, consigam se libertar.
ExcluirBom dia Toninho,
ResponderExcluirMagnífico o seu conto no qual aborda várias temáticas, qual delas a mais importante!
Graças a Deus que Júlia tomou a decisão de partir e ser feliz com seu filho.
Parabéns pela inspiração.
Um beijinho e um dia muito abençoado.
Ailime
Ainda bem que os anjos conduziram com carinho esse barquinho...
ResponderExcluirUm tema atual, transversal a todas as classes sociais e que tem de ser resolvido com urgência.
Muito bem narrado... Gostei de ler.
Beijinho, querido amigo.
~~~~~
Achei bonito e tocante seu conto, ainda mais porque é bem realista e tem um final feliz que todas as mulheres que sofrem violência gostariam de ter.
ResponderExcluirBom restinho de semana!
😊⛵
Um pequeno conto, onde a violência doméstica "empurra" a vítima para a rutura. Mas com um final que tem tudo para ser feliz.
ResponderExcluirExcelente, gostei imenso.
Continuação de boa semana, caro Toninho.
Abraço.
Bom dia Toninho.
ResponderExcluirSua postagem é maravilhosa.
Mas a vida real é bem assim, cheia de altos e baixos, e o melhor caminho é sempre percorrer no bem, que uma hora superamos os obstáculos...
Muita inspiração, eu simplesmente amei.
E que assim seja, que todas as Julias desse mundão encontre paz e uma casinha amarela para morar...
Abraços e beijos,
Ju
Olá, Toninho, quem se atreveria dizer que o poeta Toninho não é um talentoso contista?
ResponderExcluirDessa frase, amigo Toninho, da nossa grande escritora Clarice Lispector, para mim uma das mais importantes contistas da língua portuguesa, nasceu esse seu belo conto, que gostei muito de ler. Parabéns!
Um bom final de semana, sem se descuidar com o vírus.
Grande abraço.
Que narrativa tocante, e tão realista, infelizmente. Muitas vezes as pessoas não têm outra escolha que não enveredar pelo caminho do desconhecido, já que a trilha conhecida é tão sofrida. Parabéns pelo belo conto! Deixamos um grande abraço.
ResponderExcluirOlá Toninho.
ResponderExcluirSe todas as mulheres que sofrem como Júlia resolvessem fazer o mesmo, o mar estaria cheio de barcos. Muito obrigado pela visita pelo comentário. Um abraço, paz e bem