Pecado capital
Quando lá anoitece surgem vários varais,
cada casebre exposição de um só pecado.
Os queijos de cabra linguiças artesanais,
levam meus olhos na viagem ao passado.
Em Minas abater porco é na sexta-feira,
era menino a cortar as carnes e toucinho,
tripa bem lavada para a linguiça caseira,
que sobre o fogão atiçava nosso gatinho.
Cabras comiam como famintas no terreiro,
seu leite forte dado as anêmicas crianças,
mas todo excedente faziam queijo caseiro,
tipo cabacinhas com certas semelhanças.
Mas o pecado da gula é que me assanha,
olhar este varal desperta grande saudade,
lá do recanto no sopé de uma montanha,
com seu cheiro e sabores é a eternidade.
Toninho
25/10/2022
Grato pela visita.
Céus! Nunca vi nada assim! Enchidos ao sol?! Por aqui eles ficavam resguardados em chaminés onde eram defumados...
ResponderExcluirEsta é comida do século passado, onde e quando não funcionavam geladeiras...
Hoje são considerados comida processada de baixa qualidade...
Quanto não vale umas espetadas de carne magra muito bem temperadas na véspera e preservadas no frio... Com salada legumes grelhados e molho vinagrete!: ))
Gosto muito desta canção e do vídeo. Já o usei e está nos meus favoritos.
Um dia lindo e bom apetite! Abraço amigo mineiro.
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Gostei dos sua saudosa poesia...
ExcluirEram dias de fartura e guloseima!
Um beijo, mineirinho. 🎈🍝💖
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'da' sua saudosa poesia... 🌼
ExcluirPois é Majo, aqui no nordeste a carne mais apreciada é curtida ao sol. No caso das linguiças mineira são colocadas sobre o fogão a lenha, não como defumação, só pra secar e sobre o fogão, elas estavam protegidas dos gatos e cães que toda casa tinha. Bjo
ExcluirÉ a mais apreciada, mas não devia...
ExcluirOs tempos mudam e os hábitos alimentares também devem mudar. O que citei não é da minha autoria, mas de total consenso científico. Os médicos brasileiros fartam-se de pregar contra estes alimentos no Youtube.
Mais vale prevenir do que remediar o câncer... Abraço, amigo.
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Bom dia de toda paz, querido amigo Toninho!
ResponderExcluirComo é bom acordar e ouvir uma música tão linda!
O queijo cabacinha meu pai amado sempre tinha no estoque e eu me lambuzava de comer. Era o que mais gostava de comer.
Adoro Paulinha. Não me canso de ouvir.
Foi relaxante ler seu saudoso poema.
Ontem deu tudo certinho lá. Obrigada pelas preces.
De vez em quando, somos assaltados pelo pecado da gula. Vez por outra pode...
Tenha uma nova semana abençoada junto à sua família!
Beijinhos com carinho fraternal
😘🕊️💙
Grato sempre Rosélia. Estes queijos são deliciosos e no norte de Minas e região acima do Jequitinhonha são feitos com leite de cabra. Bjo
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBah! Inspiração maravilhosa acompanhada de uma música que remete a voar nas belezas de lá... Tua poesia a cada estrofe fala muito das tradições, costumes da época e até hoje ainda há quem assim faça nas cidadezinhas do nosso Brasil afora e por lá na Europa...Essa foto é da Sicília e recente...
ResponderExcluirE o pecado da gula campeia livre por lá,rs...ADOREI! Obrigadão, lindo dia! chica
Está região italiana mantém tradição e são bem apreciadas. O processo assemelha se ao mineiro. Fiz uma viagem lambendo os lábios. Gordo que se segure por lá rsrs. Valeu 👏🏽👏🏽👏🏽
ResponderExcluirBom dia Toninho,
ResponderExcluirMagnífica sua inspiração poética sobre a fotografia que traz boas recordações de infância!
A imagem também me trouxe boas lembranças das tradições de então, embora o processo de cura seja, ainda hoje, de outra forma.
Música linda!
Beijinhos e um dia abençoado.
Ailime
Este varal desperta saudades e água na boca...rs
ResponderExcluirExcelente participação!
Um beijo
Verena.
Ah eu gosto muito de linguiças,mas hoje em dia estou comendo menos porque não é considerado um alimento saudável. Mas não resisto a de vez em quando experimentar. Em cada região ou país elas tem tempero e gosto diferentes e isso torna tudo mais interessante. Bela participação!
ResponderExcluirBeijos! :)
Adorei sua leitura, meu amigo! Costumes que, creio eu, estão perdidos, mas ficaram nas lembranças. E muito bem descritos em seus versos. Grande abraço.
ResponderExcluirBoa participação. O meu pai era nos anos 50 o matador de porcos de todos os que moravam naquele local. Quando era o dia de matar o nosso, o meu pai mandava-me para casa de um tio, porque eu começava a chorar com pena assim que sabia que o porco ia ser morto e o meu pai dizia que quando alguém estava com pena o animal sofria o dobro, porque nunca mais morria.
ResponderExcluirAbraço e saúde
Boa noite, Toninho ! . O varal da Chica despertou lembranças de outros tempos . Um tempo de fartura na mesa do trabalhador. Vizinhança amiga e deisposta a prestar favores. Era tudo assim mesmo , na união , na amizade duradoura, crianças a brincar no quintal, esperando a oportunidade de um naco . Tb discorri sobre as lembranças infantis . Abraços .
ResponderExcluirOlá, Toninho, me ajude nesta guerra.
ResponderExcluirmas estamos travando uma guerra para defender o nosso país
Acesse www.umavozdebetim.com.br para ler a carta que os Bispos da nossa querida Igreja Católica escreveram para as pessoas de todas as religiões e para aquelas que não acreditam em nenhuma delas.
bem representadas Toninho essas recordações de um passado não muito longínquo
ResponderExcluirquando os agricultores e criadores de animais fabricavam o sustento que iria durar por vários meses, assim era destinado o varal das chouriças no fumeiro!
um abraço, boa semana
Que bacana, voc~e também relembrou a infãncia, como eu e tantos que comentaram. Minha infância decorreu assim também e limpávamos as tripas, sim! Muito bacana! Amei seus versos! Um abração!
ResponderExcluirOi, Toninho!
ResponderExcluirComo também sou mineira, adoro nossa culinária e nossa cultura, tão bem desenhada por nossos antepassados.
Nossa infância foi muito parecida e o varal também me lembrou uma boa linguiça caseira :)
Beijus,
Quadras repletas de recordações. Interessante como este varal nos remete às recordações em um tempo bem diferente do que estamos vivendo, principalmente na área urbana. Bom final de semana
ResponderExcluirMinhas recordações são do Rio de Janeiro; época em que as famílias resediam em casas. \na minha com imenso quintal que se dividia entre fruteiras e criações.
ResponderExcluirBoa tarde Toninho
ResponderExcluirA foto do Gordo desencadeou umas quadras bem rimadas e cheias de recordações boas.
Gostei muito.
Desejo um bom fim-de-semana cheio de saúde.
:)