sábado, 9 de janeiro de 2016

Alegria ao som do cincerro.



Longe muito longe se ouve a sineta,
pouco se vê além na longa estrada,
o tilintar do cincerro faz a certeza,
o pai já está próximo com a boiada.

No terreiro um menino na euforia,
na espera das maçãs há ansiedade,
o embornal o cheiro que denuncia,
o papel roxo contrasta a felicidade.

Já se vê a poeira o som agora alto,
o menino está aflito não diz nada,
sonha corre e ensaia alguns saltos,
seu coração agitado pela chegada.

Seu cão fareja, late como a avisar,
no Céu azul revoam passarinhos,
o alazão relincha, ouve-se tilintar,
no terreiro sente-se o burburinho.

O som do cincerro devolve seu pai,
de cima do cavalo emite um grito,
e salta elegante como um samurai,
para abraçar o filho como um rito.

Toninho.
Dezembro/2015

Aqui também escrevemos: toninhobira.blogspot

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Cincerro: uma sineta de bronze colocada no pescoço de animal (boi, cavalo cabra) como guias de bandos e ou para que sejam encontrados nas matas fechadas, mas que muitos cavaleiros gostavam de usar em suas montarias nas viagens como anuncio de sua passagem.

22 comentários:

  1. UNA DEDICATORIA A LA TIERRA!!
    ABRAZOS

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  2. Caro amigo ao ler o seu belo poema e ao mesmo tempo ouvindo a linda música me fez recordar a novela Pantanal que para mim foi das mais lindas que passou em Portugal ainda era adolescente mas as músicas de Sérgio Reis, Almir Sater ficavam no ouvido sem falar da natureza bela e pura ,um grande abraço amigo Toninho .

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  3. Boa noite, Toninho. Bem escrito,bonito e aproxima o leitor da história.
    Cada cena facilmente visualizada nessa sua adorável criatividade.
    Uma rotina descrita em belos versos. Vi a alegria do menino.
    Parabéns.
    Beijos na alma e paz.

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  4. Boa noite, Toninho. Bem escrito,bonito e aproxima o leitor da história.
    Cada cena facilmente visualizada nessa sua adorável criatividade.
    Uma rotina descrita em belos versos. Vi a alegria do menino.
    Parabéns.
    Beijos na alma e paz.

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  5. Oi caro amigo
    Que beleza de poema, inspirado demais, sem falar na bela música que escolheu, tudo bem casadinho.
    Grande abraço.

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  6. Você nos reporta a cena descrita pelo seu belo poema. Amei acompanhar esta chegada.Bom domingo.

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  7. Boa tarde Toninho, que poema lindo, penso que recordando tempos de outrora, que deixam sempre lembranças!
    A música escolhida é muito bela e me proporcionou um momento maravilhoso.
    Desejo-lhe um bom domingo e semana.
    Beijinhos,
    Ailime

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Toninho,

    Toda vez que venho aqui, viajo para os confins da velha Minas Gerais.
    Hoje tive essa alegria novamente e pude aprender um pouco mais a respeito do cincerro.
    Na companhia de Almir Satter, confesso, seguirei essa boiada até os confins do mundo! Rsrsrs
    Grata pela partilha que, mais uma vez, levou-me aos recantos deste belo país com suas tradições e seus costumes.

    Bjksss

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  10. Toninho, um belo poema a descrever as emoções de quem espera por alguém que leva as boiadas...
    Um beijo.

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  11. Teu poetar é de uma beleza cheia de sentimento e lembranças que envolve nossa alma e nos faz voltar no tempo. Linda vida do campo, em contato com a natureza em seus trabalhos de luta e paz. Tem novidades no Poesia

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  12. Boa tarde Toninho.
    Meu querido amigo, fiquei maravilhada com a musica, nós faz sentir agradáveis sensações, a sua linda poesia combinou perfeitamente com a musica. Uma feliz semana. Abraços.

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  13. Amigo Toninho,ler os seus poemas é sempre uma aprendizagem e uma descoberta constante.
    Uma realidade tão diferente da minha, mas que me envolve como se a conhecesse, tal a emoção que põe na sua poesia.
    Gosto muito de ouvir Almir Sater e este tema é muito bonito e apropriado.

    Um beijinho e boa semana

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  14. Mineirinho, obrigado pela sua participação No Serras...Com referencia ao seu texto poético, as imagens nos remetem a grandes recordações.

    Abraço

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  15. Olá,
    È uma pena que os meninos de joje nunca viverão momentos como esse. Obrigado pela visita.
    Um abraço, paz e bem

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  16. Olá,
    È uma pena que os meninos de joje nunca viverão momentos como esse. Obrigado pela visita.
    Um abraço, paz e bem

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  17. Olá Toninho,
    Excelente esta sua postagem, com o vídeo de Almir Sater (“A boiada”), a pintura de vaqueiros, culminando com o seu "Alegria ao som do cincerro", um poema muito bom, que nos leva para o “convívio” entre os vaqueiros e suas lidas.
    Um abraço.

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  18. Em breve estarei comemorando meus 11 anos
    no mundo blogueiro.
    O blog hoje infelizmente perdeu lugar para o face
    e outras coisas novas que foram surgindo.
    Mas.. O blog na minha modesta opinião jamais perderá seu
    fascínio.
    Que Deus ilumine seu caminho nessa
    estrada bendita que chamamos de vida.
    Beijos no seu doce e terno coração.
    Evanir.
    Amigo seu poema é simplesmente lindo.

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  19. Meu amigo, já não me lembrava do significado da palavra e foi muito bom você o colocar no final da postagem. Ao ler seus versos, vemos as cenas, eis que tão bem evidenciadas. A música, escolha perfeita. Bjs.

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  20. rss, ia para o dicionário ver qual o significado da palavra e você postou, que bom! Lindo poema e a canção nos envolve num mundo de nossas tradições onde guardamos tudo num lado especial, do lado esquerdo... Que linda a imagem dos boiadeiros no vídeo! Não sei explicar o que senti ao ver. Orgulho das tradições, talvez.
    Lindo, amigo!
    Beijos.

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  21. Te ler é viajar na memoria, é sentir o cheiro da roça, é muito bom... adoro...

    Muita luz e paz para vc, Toninho...

    Beijos...

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  22. ~~~
    Foi na excelente novela Pantanal, que conheci
    os hábitos de vida dos vossos criadores de
    gado e dos seus trabalhadores.

    Em cada poema, uma maravilha ofertada,
    que muito agradeço.

    ~ Abraço amigo. ~
    ~~~~~~~~~~~~~~~

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