sábado, 17 de novembro de 2018

Lamento no degredo.













Participação no projeto "poetizar e encantar" que a professora Lourdes nos convida nos finais de semana. Vá lá conheça e participe de uma bela roda de poesias encantadoras. Siga-me: filosofandonavidaproflourdes, belas imagens são oferecidas, eu escolhi esta e assim construí.


Nos corredores sombrios sobra medo,
os pés sangram, como pisar espinho,
os olhos cegos à maldade do degredo.
Vive na solidão, há falta de carinho.

Morre-se a cada minuto no niilismo,
apena sonha, o pôr do sol é sustento,
passa na corda bamba sobre abismo,
suas noites se traduzem no lamento.

Já não sabe aonde ir, fica no vacilar,
sonha os anjos noturnos, que acalma. 
Aconchega-se na lua, faz ressuscitar.

Ah, como pode sofrer tanto na alma,
na luta diária num desejo de voltar?
Só angustia no reconstruir da calma.

Toninho
10/11/2018  


Boa e feliz nova semana
Grato sempre.




quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Uma lição.



Hoje participamos da BC_Botando a cabeça para funcionar, que a Chica promove nos dias 5,15 e 25 aqui chicabrincadepoesia conheça, participe e veja outras inspirações.













O mar é de quem o sabe navegar.
A nós é uma fonte de inspiração,
é saber todos os mistérios do mar,
como ondas da Terra em rotação.

As ondas que se elevam temerosas,
vejo calmas as prudentes garças,
ficam atentas as poses graciosas,
na hora certa descem para caça.

Olhar o vaivém do mar gigante,
das ondas altas beijando a praia,
sob olhar de uma garça vigilante,
faminta espera atacar a arraia.

Amo os movimentos da natureza,
como numa lição a sobrevivência,
saber lidar com qualquer dureza.
Com mar aprende-se a resiliência.

Toninho
15/11/2018 
Outro blog: Momentos de inspiração


Grato sempre.



domingo, 11 de novembro de 2018

Serra da boa lembrança


Convite aceito para mais uma participação no projeto Poetizando e encantando da nossa querida amiga Lourdes. Conheça e participe todo fim de semana basta seguir o recomendado aqui: filosofandonavidaproflourdes. 




















Lá no alto da serra o casebre na cor branca,
de longe posso ver o azul das suas janelas.
Da chaminé a fumaça traz uma lembrança,  
as delícias da vó nas enegrecidas panelas.

Na frente um terreiro varrido com o Alecrim,
ali o meu avô secava café, milho do quintal.
Na lateral um jardim plantado com jasmim.
Água fria em tubos de bambu bem natural.

Lembro do mourão, lá há um nome gravado,
de uma bela menina com uma trança negra.
A porteira sabia do meu amor nele revelado,
quando se fechava era na suavidade meiga.

Vejo a cerca com flores de cipó de São João,
O mourão hoje já geme ao fechar a porteira
Mas agora o nome se apagou pela corrosão.
Menino cresceu o amor se desfez na poeira.

Toninho
10/11/2018

Mimo da Lourdes
Amei.
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Grato sempre.
Bom e feliz domingo.
Boa semana.