Trazendo palavras é mais uma das provocações da Chica, para agitar os neuronios na blogosfera e foi lá no seu blog sementesdiarias, que peguei este mote com a palavra Solidão com uma imagem, que apresento abaixo. Confira lá outras inspirações e comente.
Botando a cabeça para funcionar é uma BC da Chica para uma imagem e inspiração livre com postagem e ou comentários no blog sementes diárias. A imagem da vez é animada abaixo e minha leitura desta. Veja outras leituras no blog da Chica.
Sonho pesado.
Foi naquela noite de setembro,
Tuca menino guloso foi para a festa de Caruru de Cosme e Damião, que a Sinhá
Nana servia como promessa aos gêmeos, por uma graça alcançada para o marido Juca,
por conseguir um bom emprego.
Tuca já comia doces,
acarajé, abará e pipocas, servidos antes do prato principal. O caruru de Sinhá
Nana era famoso pela sua fartura e por ser completo, muito elogiado por todos.
Havia um ritual, que
era servir sete meninos, que sentados ao chão recebiam os primeiros pratos, que
eram devorados com as mãos sem uso de talheres. Tuca era sempre convidado, para
este ritual de servir primeiro os meninos.
Tuca estava desesperado
para comer e naquela noite abusou da fartura e empaturrou de tanto comer. No
caminho de casa reclamava de um certo desconforto na barriga. A mãe criticando
o tanto que ele havia comido.
Durante o sono Tuca foi
tomado de um pesadelo, gritava e remexia na cama, como possuído por uma
entidade. Batia pés e mãos, gritava por socorro, se sentindo ameaçado por enorme
elefante ofegante e cada vez mais próximo.
Neste instante a mãe
entrou no quarto e viu Tuca todo urinado, suava como uma mula de carga. Acordado
assustado recebeu uma correção da mãe:
_ Isto é para você aprender,
a não comer com os olhos, o que sua barriga não cabe. Tuca ainda assustado,
prometeu nunca mais ir a um caruru, que ia pedir aos gemeos para levar sua gula.
A mãe, sorriu e disse:
vamos ver até ano que vem e vai logo tomar banho.
Proposta da Chica em seu blog para agitar os neuronios dos amigos, que seja em comentários ou postagem. Proposta no blog sementesdiarias. Abaixo minha participação humorada.
"Quem não é visto, não é lembrado!"
Quem
não é visto, não é lembrado, um velho ditado que meu pai sempre dizia. Mas foi
querendo ser bem lembrada, que Mariazinha estava sempre nas festas daquela rua.
Ainda que sem convite ela se apresentava com seu vestido rodado saracoteando no
salão.
Foi
assim, que numa festa junina, ela mais pintada do que uma aquarela, penetrou
pelo salão se achando a ultima cocada do tabuleiro. Dançava ao som da sanfona,
sobre um salto alto, quando de repente escorregou e levou um tombo deixando à
vista suas nádegas.
Depois
daquele fatídico dia Mariazinha passou a andar sempre com óculos escuros. Mas a
gente do mau, quando ela passava, dizia que lá vai a moça da bunda de fora. Mariazinha
aprendeu uma lição, que para ser lembrado, não precisa querer aparecer demais.
Toninho
13/05/2025
Grato pela vista
Obs. É só um texto de ficção, nome escolhido
aleatoriamente. Inspirado no bom humor de nossa Chica de volta para nós, que
enquanto der, vamos brincando por aí sadiamente.
Um desafio mensal de nossa amiga Gracita poetizando com uma letra só, que neste mês é a letra G. Veja no seu blog sonhosepoesias onde tem links dos participantes. Incentive lendo.
Falar
sobre a alegria, sobre o riso...nas palavras e no olhar que se levanta do
chão...
Entre
lágrimas e risos.
A
vida nos ensina que depois da tempestade vem a bonança, mas sabemos o quanto
dura esta tempestade e o calor das lagrimas no peito, que descem queimando tudo
como incêndio em palhas secas.
Mergulhado
nas aguas turvas das intempéries dos sentimentos, buscamos algo que nos leve ao
porto seguro de nossas emoções. Uma letargia se apodera de todo ser, o olhar se
perde no horizonte e o porto parece inatingível.
O
prato ofusca o sorriso, o amanhã fica cada vez mais distante e um barco passa
ao largo, nada sabe de nossa angustia, da estranha sensação de abandono nos
porões da solidão de nossas emoções frustrantes.
Um
misterioso farol alumia tudo ao redor e vem uma força estranha, revirando todos
os sentimentos, impulsionando a quilha no emergir-se para flor d’água,
acendendo um sorriso, que faz as aguas acalmarem e levar o barco ao cais, onde
se esquecem todos os ais, para o dia quem vem a espelhar-se sobre as aguas
douradas de nossa alegria.
Inspirado no poema Nos galhos das árvores de nossa amiga Ailime na sua pagina Canto meu , onde voce se encantará com a elegancia de seu poetizar. Conheça.