Da pedra a missão.
Do pó se fez terra
Da terra um torrão se fez pedra
Nasce mais um homem da construção
Foi um sopro divino
Úmido incidindo sobre as mãos
Desta pedra se fez o pedreiro numa benção
Nascia o mestre em construção
Que fez no sublime amor o altar de seu coração.
São seres apaixonados na arte da transformação
Na criação desenhos seqüenciais da lógica
De sua vida que é apenas ilusão.
Vivem como pássaros que avançam na imensidão
Equilibrista da vida de exploração
Colorem os céus de nossas cidades com emoção
Do suor que escorre se mistura o sangue
Que sustenta a triste situação
É a vida deste homem
Que vive no barracão.
Quando chega o fim do dia se retira cansado
Olha as estrelas que despontam no céu
Com promessas, novas conquistas
O pedreiro sonha, pensa e adormece
Com a mulher companheira.
Visões da minha janela.
Destes profissionais que se esmeram para embelezar as cidades mesmo sabendo da não valorização.
Imagem Google
Toninhobira 13/10/2010.
Divino e ler escutando esta linda música, fechou com chave de ouro.
ResponderExcluirfoi bom estar aqui.
Olá meu querido amigo, em primeiro lugar venho dizer como é adorável ter amigos como você, as coisas belas da vida está nos olhos de quem as contempla, e eu sou uma pessoa bastante humilde e por isso dou muito valor às coisas mais sublimes. Mesmo que sejam as mais fraquinhas, mas confesso que ter uma ilha assim era um verdadeiro luxo, mas agora só mesmo noutra encarnação, porque nesta só mesmo imaginária.
ResponderExcluirBeijinhos de luz
agora venho dizer que este poema é uma beleza, adorei ler só não deixo um verso para não estragar
ResponderExcluirtão doces palavras.
Beijinhos de paz
Uma visão bem social do tema!
ResponderExcluirBelo trabalho seu Antonio!
Bjs.
Todos que constroem um país melhor tem um valor enorme, beijo Lisette.
ResponderExcluirUm pedreiro... Mas não um simples pedreiro, é também um pintor capaz de pintar a tela mais bela que um ser humano pode pintar do amor...
ResponderExcluirAmigo, teu poema me emocionou mais do que você possa imaginar que emocionaria um leitor... Teus versos homenageia uma pessoa que foi e é muito especial em minha vida... Meu amado e digno marido que Papai do céu levou era um desses construtores, mas não um simples construtor... Ele era também um construtor do AMOR, e construiu pra mim o mais lindo e mágico castelo que alguém possa ser capaz de construir com o dom de amar...
A ti meu amado amigo, todos os aplausos, minha admiração e meu carinho... Que Deus abençoe eternamente esse teu magnífico dom, e ilumine cada vez mais tuas sublimes inspirações! E obrigada, mas muito obrigada mesmo, por me proporcionar o prazer e a emoção de ler um poema tão especial, pois, meu marido não está mais aqui presente de corpo, mas está e sempre estará presente de alma... E em meu coração... Amigo, bjsss
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi meu amigo,
ResponderExcluirque coisa linda suas palavras, me comoveram de verdade!
Sua sensibilidade levou-o a fazer uma belíssima homenagem,
adorei.
Bjs є ѕ t є я ツ
Quanta beleza, verdade, sensibilidade você expressa através deste lindo poema, amigo!
ResponderExcluirUma linda crônica, eu diria: crônica poética.
Profunda como o oceano, e leve como vôo de passarinho.
Adorei, Toninhobira!
Enorme abraço, querido!
Olá meu amigo Toninhobira!
ResponderExcluirAdorei este seu poema,"Do pó se fez terra".
Lindissimo...!
Aproveito para lhe desejar uma boa semana.
Um grande abraço do tamanho de Angola!
Amigo, passando pra te deixar um abraço de boa noite e meu carinho... Bjsss
ResponderExcluirBela visão poética de um tema social.
ResponderExcluirAbços.
Meu amigo, trabalhei na obra, e constatei a situação caótica em que viviam aquelas pessoas vindo de várias partes do Brasil.
ResponderExcluirEram trabalhadores, e muita das vezes eram surrupiados pelos "gatos", que os exploravam até a última gota de sangue.
Muitas vezes encontravam no alcool e nos forrós, um escape para suas angustias e desilusões.
Escrevi um poema em homenagem a estes heróis da construção, e gostaria de compartilhar contigo.
BALADA DE UM PEDREIRO NORDESTINO
Veio do norte, Raimundo Francisco,
Na obra servir como um reles peão...
O rosto era pálido, e a fria marmita,
Guardou-a no armário, de um barracão...
Pegou o martelo, e o alicate de corte...
De alma contrita, fez uma oração,
O jovem pedreiro pensando no norte;
Dobrou um arame, e furou sua mão!
Ao meio dia, parou pra comer...
Lembrou-se dos pais, e de outro irmão,
Bebeu uma dose, pra vida esquecer;
Pegou a marmita, sentou-se no chão,
A pobre marmita era apenas a sobra
De um ovo cozido, com arroz e feijão...
Raimundo sozinho voltou para obra,
Chorava baixinho, em seu coração...
Pensou na esposa, que um filho gerava,
Num pobre barraco, em um pontilhão...
Raimundo no alto caiu de onde estava
Perdeu seu martelo, e sua atenção!
O pobre Raimundo, a morte embalava
Seu corpo estirado jazia ao léo,
Enquanto a esposa, com o filho sonhava,
A obra levava... Raimundo ao Céu!
ABRAÇOS.