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Viveu nos anos 60 na cidade de Itabira-MG Dona Geraldina, uma mulher destemida, que todos respeitavam ou tinham medo, embora sem registros de atos de violência. Sempre pronta para servir e não media esforços para fazer o bem. Pelas ruas sempre com um pedaço de pau para lhe dar apoio, devido a um acidente. Com aquele pau a escorar e aquele saco de aniagem sempre ás costas, era para as crianças uma figura dos contos de terror.
Na cidade tinha uma rua com algumas casas de tábuas, que se dizia assombrada nas noites da quaresma. Numa destas casas, mas precisamente a da esquina morava Julião, famoso personagem de brigas noturnas em casas de prostituição e campo de futebol. Aquele sim era conhecido como galo de briga e merecia cuidados especiais, diziam até que ele tinha uma morte nas costas, de quando vivia lá pelas bandas do Vale do Jequitinhonha.
Numa noite de sábado Geraldina voltava de suas andanças já tarde da noite, quando passando pela rua ouviu gritos de mulher vindo da casa de Julião. Não pensou duas vezes e se dirigiu para a porta e bateu fortemente com aquele pau. Julião a abriu bruscamente. Ela viu a mulher de Julião com sangue pelo rosto e num impulso, ela se atirou sobre o caboclo e os dois encenaram uma briga que ficou na historia da cidade, pois todos os vizinhos, que até então, estavam calados diante dos gritos da mulher, saíram para a rua e não acreditavam, no que viam daquela mulher, que batia no Julião sem medo de sua fama, tanto que ele caiu desacordado numa moita de espada de São Jorge. Então ela balançou e ajeitou sua longa saia seguiu rua a baixo, como se nada tivesse acontecido.
Pela rua só se ouvia os cochichos enaltecendo sua coragem. O que se sabe, é que Julião nunca mais bateu em sua mulher, nem nos filhos e que estava sob os olhos do delegado da cidade.
* Exercicio no blog Escrito na linguagem do corpo com o tema Coragem. http://escritoslinguagemnocorpo.blogspot.com/
* Personagens ficticios.
* Estive um pouco ausente das leituras devido a atualização de maquina e outro site que participo,mas volto a visitar os amigos com igual prazer.
Toninho.
24/02/2012.
Com este conto mantenho a denuncia contra a odiosa onda de violência contra a mulher, onde os numeros assustam a cada semana em Minas Gerais. E vejo que não é só Minas.
“Quem perde seus bens perde muito; quem perde um amigo perde mais; mas quem perde a coragem perde tudo”. Miguel de Cervantes
Julião aprendeu a lição.Teve o que merecia e D.Geraldina não deixou por menos...
ResponderExcluirLindo conto e exercício!
Ótima semana, abração,chica
Adorei ler meu querido. Bendita D. Geraldina, mulher cheia de coragem e justiça nas veias.
ResponderExcluirUm belo alerta contra a violência contra as mulheres, um ato de ignorância e covardia que precisa ser eliminado, é preciso muita conscientização, para que isso mude efetivamente.
Beijos e feliz semana amigo,
Valéria
Eita Geraldina arretada... cabra macha!! Toda mulher que sofre violência devia deixar baixar uma Geraldina assim.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkk
Boa tarde Toninho!!!
Olá Toninho,
ResponderExcluirEm Portugal se chamaria "A Padeira de Aljubarrota", que com a pá do forno, expulsou os Espanhois do território Poretuguês.
Essa mulher, de que fala em seu texto, impediu, que um homem, nunca mais batesse numa mulher, na sua mulher.
VIVA DONA CORAGEM!
Beijos de luz.
Não conhecia dona Geraldina ainda.
ResponderExcluirBjs.
Parabéns Toninho pelo seu brado,pelo desabafo e pelo grito sufocado de tantas mulheres que não tem coragem de denunciar.Eu assino contigo.Sucesso pela obra que abraçou.Bjus\Flor*Jardim do Amor*
ResponderExcluirAdorei o conto! Julião tomou jeito. Violência contra mulher é inaceitável! Beijos!
ResponderExcluirOlá Toninho,
ResponderExcluirÓtimo conto e muito bem contado.
Se todas as mulheres tivessem a coragem de Dona Geraldina os homens pensariam duas vezes antes de maltratarem suas mulheres.
É tempo de cessar esta odiosa violência.
Valeu mais este brado!
Grande abraço.
Muito interessante a história,,,e claro,,,a gente é sempre contra a violência,,em todos os sentidos...abraços de bom dia pra ti amigo.
ResponderExcluirToninho,uma história e tanto!No tempo que não tinha a lei Maria da Penha, a d.Geraldina resolvia!Adorei seu conto!Bjs,
ResponderExcluirQue história hein amigo.
ResponderExcluirE saber que todo minuto uma mulher é covardemente agredida, revoltante...
beijooo.
Amigo querido senti realmente sua falta mais eu também não estou conseguindo visitar como fazia antes.
ResponderExcluirEspero contornar em breve essa situação se tem coisa que não sei viver mais é meus amores virtuais mais que reais.
Quantas vezes sozinho muitas vezes triste entro no meu blog sempre tem amigo(a)deixando um recado me acarinhando.
Amado..Essa mulher fez algo que fiz um dia de certa forma ri muito do valentão.
Amei essa historia tem muita coisa de bom.
Um beijo de boa noite.
Evanir..
Que texto profundo Toninho.
ResponderExcluirA violência é algo que não tenho palavras.
Dona Geraldina era uma guerreira.
Beijo amigo
Uma história forte meu amigo, D. Geraldina não era ruim, não tinha por que ter medo dela, era apenas justa, não gostava de covardia, e agiu muito bem, com coragem sabendo que estava certa, e isto era o que lhe dava força, bem feito a Julião, quisera que existissem mais pessoas como ela, beijos Luconi
ResponderExcluirLindo texto Toninho
ResponderExcluirOxalá tivessem muitas justiceiras Geraldinas para conter os Juliões dessa onda de violência que assola o país contra as mulheres.
Um bom início de semana
Abçs
Toninho, seu texto retrata muito bem a coragem como arma de denúncia de atos de covardia, tão em evidência em nossos tempos, mas que já vem de longa data. A violência doméstica contra mulheres, a opressão e submissão pela força dos incapazes e fracos de lidar com argumentos, por isto mesmo, covardes, são em qualquer época abomináveis. O que mais enoja não é supremacia, na maior parte dos casos, da força física maior de um homem em relação à mulher, mas a dominação que ele faz valendo-se da força, pela educação quase sempre machista, que é histórica e que nem a modernidade é capaz de demover.
ResponderExcluirA coragem representada na simplicidade da figura de D. Geraldina é a mesma que esperamos que tenham as autoridades em coibir abusos desta natureza.
Excelente conto, meu amigo.
Um grande abraço.
Celêdian
Olá meu querido amigo, a coragem, a fé, o amor, e a esperança são sempre as últimas coisas a morrerem pois essas ficam agarradas a nós como tatuagens enquanto tivermos um sopro de vida.
ResponderExcluirSão elas que nos ajudam a vencer todas as montanhas e obstáculos que por vezes quando nos encontramos no meio a um deserto sem nada a onde nos possamos agarrar são elas que sempre nos incentivam e não desistir.
Amigo só ainda li o final do seu poste mas prometo vir ler todo assim que possa, como já deve de ter lido passou aqui por minha casa um furacão que ainda ando apanhando os cacos partidos mas graças a Deus e à Virgem e também às orações que alguns dos meus amigos que por aqui passaram deixaram um pouco e muito do seu amor, mas na graça Divina tudo se está a ajeitar no devido lugar, agora há que ter a fé que sempre me acompanha para seguir em frente, o que também mesmo que já nada seja como era mas que não ande por muito longe, é aqui que nós vimos que afinal não somos tão fracos e tão inúteis como pensávamos ser, Deus nos dá a carga conforme a força ou vice-versa.
Beijinhos de luz e muita paz e amor em sua vida...
Bom dia,Toninho!!
ResponderExcluirNossa meu amigo!!É fictício!!!Eu já estava achando que era uma lembrança sua!!!rsrsr
Amei o conto!!Forte e tão verdadeiro!!
Que personagem interessante esta Dona Geraldina!
Quem cala consente...né?!
Toninho,
ResponderExcluiratravés de um conto saído de tua pena, que poderia ser uma crônica real, vc destaca com precisão a odiosa atitude da violência contra a mulher.Personagens visíveis e possíveis dão a este conto a faculdade reflexiva necessária ante tais situações.
Parabéns pela excelente participação.
Bjos,
Calu
Oi, Toninho!
ResponderExcluirQue caso interessante! Aplausos para dona Geraldina, êta mulher de fibra! kkkkk
Julião bem que mereceu a surra, e pelo desfecho, foi um santo remédio.
Foi muito gostoso ler este texto, kkk
Um grande abraço
Paz e Bem!
Socorro Melo
Sua presença me faz tão bem, deixa uma energia e um perfume gostoso no ar...beijos querido e tenha uma linda noite
ResponderExcluirEntão amigo querido, estava a passear e cheguei, e com muitas saudades de vcs, amigos blogueiros!!
ResponderExcluirO caso da Dona coragem, a dona Geraldina é uma lição né amigo,tem fatos tristes mas tem superação!!
Com carinho
Hana
Toninho muito bacana a historia...Julião mereceu a lição.... e nós apreendemos muito..
ResponderExcluirAmigo mineiro espero que esteja bem e em paz..
abraço
titi
Olá Toninho
ResponderExcluirSeja sempre bem vindo, mais uma vez obrigado pelo seu comentário. Que Deus te Abençõe.
Um abraço, paz e bem
Boa noite meu amigo querido!
ResponderExcluirSabia que vc inspira saudades,kkkkkkkkkkk,e por cima faz falta...
No texto sentimos que a liçao veio para entendermos que a superação pode existir,cabe a cada um ...
Bjs de boa noite!
Na blogsfera temos um amigo que criou um blog novo só com rimas.te convido para uma visitinha,pois está no comecinho e ainda estamos em festa de abertura...
Agradeço sua passagem por lá.
http://rimablogeutedouumaflor.blogspot.com/
Meu amigo
ResponderExcluirSe todas as mulheres fossem assim com essa coragem, talvez as estatísticas fossem diferentes.
Um texto infelizmnte real.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
É isso o que falta para corrigir-se muitas mazelas sociais. Menos cadeias, mas uma boa lapada.
ResponderExcluirAbraços, meu amigo!
Adriano
Oi, Toninho!
ResponderExcluirAdorei a história da dona Geraldina.
Depois de alguns dias ausente, estou de volta tentando colocar tudo em dia.
Ja estava com saudades de passar aqui.
Abraço grande!
Toninho,
ResponderExcluirMuito bom o conto. Ele traz uma veracidade importante. Perfeito!
Abração, meu amigo!
Oi Toninho, gostei de ler, essas pessoas fazem a diferença, pois tem a coragem nas veias.
ResponderExcluirUm grande alerta á todas as mulheres que apanham e sofrem caladas, não precisam fazer muito, apenas denunciar e acabar de vez com essa covardia que sofrem dentro de seus lares.
Beijos e lindo dia meu amigo!
Olá querido poeta, lindo texto, cheio de determinação...e a mensagem de coragem é maravilhosa, nos coloca frente a frente conosco mesmo a pensar, porque não...nada me impede, só eu mesmo estou me impedindo...as vezes pensamos ter alguém nos tirando a coragem, sem perceber que já não a possuímos de tempos...lindo lindo meu amigo corajoso...beijokitas...
ResponderExcluirOlá Toninho,
ResponderExcluirLindo texto, amigo.
Por vezes, faz-se necessário que alguém coloque um ponto final nestas histórias de machões que vemos por aí. Sabes que não é só em Minas, não.
Aqui no Sul, temos muito disto também.
Um grande beijo em seu coração, querido amigo.
Maria Paraguassu.
Um mulherão e tanto esta Dona Geraldina!
ResponderExcluirGostei que o tal Julião aprendeu uma lição dada por ela!
E isso aí meu amigo, violência sempre foi sinónimo de covardia, em especial quando a violência é conta a mulher!
Uma linda noite para você!
Lembranças
ange
Um grande exemplo, uma grande mensagem!
ResponderExcluirUm beijo carinhoso, amigo.
Toninho amigo sempre é bom vir aqui..ouvir misica lina e ler esse poema que traz grande mensagem de vida..mensagem de coragem..
ResponderExcluirmadruguei hoje e vim te pedir uma coisinha..
hoje abri uma escessão no meu blog e estou participando do sorteio da Kika “esconde esconde
Gostaria que você fosse no CAFÉ COM BOLACHINHA ver meu gatinho e lá tem o caminho direitinho para você votar no felix no blog da kika..http://kikaeassuasideias.blogspot.com/ ou mais fácil clique no selinho do lado direito do meu blog e vota no blog da kika.
Se quizeres votar em outro bichinho são tantos lindos o Felix não fica triste,ele esta contente só de participar..
Agradeço
bom domingo
beijinhos e obrigada.
titi
Gosto muito de contos e o seu retrata uma realidade cruel. Em algumas localidades mulheres se unem nesta luta que, por vezes, sozinha, assusta e inibe.
ResponderExcluirExcelente.