Meu pai
montava a cavalo, não ia a galope.
Seguia
tranquilamente pela estrada afora.
Não
tinha bois nem terras a se perder de vista,
Apenas
tinha sua força de trabalho a oferecer
Aliada
à sua vontade de sobreviver e vencer.
Estrada
era longa, seus sonhos eram poucos,
A
terra, a enxada e algumas sementes.
Mas
sabia os segredos da terra e das chuvas.
Pois cada
semente era uma benção divina.
Todo
mês de março a novena de São José.
Tempo de
plantar, aipim, milho e amendoim,
Para no
mês de Junho garantir a produção,
Que faz
a fartura nas festas de São João.
No dia
19 de Março, nuvens escuras no céu,
Medo e esperanças
na enchente de São José.
Era a chuva
derradeira naquela sua região,
Milagres
vêm com todas as águas de março.
Quando
chega Junho o milagre era presente
Afagava
a terra, sentia prazer nas mãos.
Amendoim
firme que torrado agradava.
Na
farinha e na canjica o sabor apurava.
Maior
alegria era poder pousar seus olhos,
Sobre
os pés de milho com cabelos vermelhos,
Milho assado
uma delicia ou macio natural,
Para o
quente mingau a comer pelas beiras.
Como
grande sabedoria da gente mineira.
Toninho
20/06/2012.
Relendo
a poesia Infância de Carlos Drummond de Andrade
que completaria 110 anos em Outubro e que esta sendo homenageado na FLIP.
*******************************************************************************************
Um lindo e bom fim de semana a todos os amigos e leitores.
Estive um pouco ocupado,mas estarei visitando e lendo os amigos como sempre faço.
Meu terno abraço de paz e luz.
Poema lindo, bela homenagem e falando de um tempo bem diferente, das culturas e crendices, cheias da sabedoria dos homens que viam na natureza suas lições.
ResponderExcluirAdorei! abração,ótimo fds!chica
Que lindo poema, amigo, adoro essas coisas do campo!! Sempre morei na cidade grande, mas quando leio sobre a vida no campo, sinto uma nostalgia...é como se eu já tivesse vivido lá e sentisse saudades. Estranho, né??
ResponderExcluirAdorei!! Tenha um maravilhoso final de semana!
Beijos!♥
Lindo poema, no qual me faz sentir gratidão por todos aqueles que plantam, que tem na terra seu oficio, benditos sejam.
ResponderExcluirÓtimo final de semana amigo querido, beijos,
Valéria
Delícia de poema, amigo!
ResponderExcluirO paladar aliado a sabedoria mineira se tornam imbatíveis!
Esse poema me remete as histórias contadas por minha avó mineira, muitas saudades!
Bravo!
Abraços, Ester.~
Uma homenagem muito comovente,poeta!Inspiração a mil por aqui sempre!bjs,
ResponderExcluir...poeta que consegue ver a poesia no trabalho, perpetuar nos escritos das rimas a lição da labuta diária de quem tem amor pela terra e pela busca do pão de cada dia.
ResponderExcluirAlegra-me ler e me inspira.
Parabéns...
uma abração
Nina
Toninho
ResponderExcluirQue maravilhosa homenagem para seu pai, belíssimo poema, e quanto orgulho temos dos nossos pais que trabalhavam muito, de sol a sol, mas tempo bom igual aquele não volta mais. Um forte abraço, e um ótimo fds
Olá Toninho, boa noite
ResponderExcluirBeleza de poema, fala da terra, de coisas simples que só quem viveu isto, consegue entender o verdadeiro sentido e prazer deste tipo de vida.
Um abraço e muito obrigada por suas palavras gentis e belas deixadas no bloguinho.
Toninho!
ResponderExcluirAh, Toninho, como é bom relembrar um velho passado!
Como é bom viajar pelas montanhas mineiras; - Pousar os olhos sobre aquelas verdejantes montanhas.
Como é bom ver o arado sugar a terra, depositando sementes que serão sonhos realizados do trabalho intenso. E tudo isso a cavalo!
Boas lembranças do velho pai!
Pois é Toninho, estamos aí! O Corinthians, comanda o mundo, meu amigo, e vamos lá, temos que seguir a frente!
Abraços!...
Grande Toninho! lembranças paternas em mim são tamanhas e infinitas. Como sempre adoro tudo aqui.
ResponderExcluirbjs
tenha um fds bem iluminado
Esse olhar no ontem paterno emoldura as amorosas lembranças cultivadas, exemplos de vida, de valores, condução, caminho e amparo para os olhos de hoje.
ResponderExcluirLinda viagem relida e vivida, amigo Toninho.
Bjos,
Calu
Oh, meu querido, que doce vida a é a vida quase inocente do interior, onde a chuva em excesso, ou a falta dela é que mais assombra o lavrador.
ResponderExcluirO São João, todas as festas juninas, parece que um povo vivia só pra festejar coisas assim, colocavam cores e sonhos, sorrisos e tudo de bom, e sofriam quando os festejos chegavam ao fim, mas já preparavam-se para um novo ano, e voltarem a fazer tudo igual...
Muitos abraços e um fim de semana lindíssimo pra ti.
Vida simples, prazer do trabalho e colheita. Bons tempos vc relembra e nos presenteia.
ResponderExcluirBom final de semana,
bjs
Entrei devagarinho, num convite ternurento da Liz. E aqui estou a comungar consigo essa vida doce do campo, dura no trabalho mas cheia da paz que se encontra nas sementes que jogamos na terra e em breve se transformam.
ResponderExcluirParabéns pelo seu post, pelo seu blog, pela sua sensibilidade, Toninho.
Beijinhos
Belíssimo poema de ternas e amáveis lembranças,de uma vida nem sempre fácil, mas cuja labuta foi sempre recompensada com a boa colheita. Colheita que vai além dos frutos que a terra deu, mas de legado na lição de trabalho e perseverança.
ResponderExcluirMuito bela e merecida homenagem ao seu pai e também a Drummond que o inspirou com sua poesia.
Um grande abraço, meu querido amigo.
Celêdian
Tens boas lembranças de vosso pai, provedor da subsistência do lar. Os alimentos vinham da labuta resultado de muito trabalho na terra, pois não haviam tantas máquinas e quase tudo era no braço da enxada! Que delícia o alimento fresquinho na mesa! Doces sabores da infância!! Bom fim de semana! Beijus,
ResponderExcluirAmigo devagar estou voltando e não podia deixar de vir a tua casa saborear com os olhos da alma teus belos poemas, fiquei encantada com este onde viajamos pelos campos de Minas com tuas palavras, uma vida de labuta mas coroada de êxito, pois com certeza teu pai sabia dar valor aos verdadeiros tesouros da vida. Quero te agradecer o apoio nos dias difíceis que passei, sei que tua energia positiva muito me ajudou, guardo-te em meu coração, beijos Luconi
ResponderExcluirVim deixar meu sorriso para mais um fim de semana e encontro palavras tão expressivas dedicadas para um pai;lembranças que fazem sempre a vida acontecer...
ResponderExcluirAproveito para relembrar um pouco do meu pai.
Deixo bençãos com alegria e paz para enfeitar tua semana...
bjs com sabor de dia de domingo !
Oh, Toninho, a Manuela veio te ver!!! estou super feliz!! verás que ser humano MARAVILHoSO!! um dos melhores e maiores encontros que tive na blogosfera!!
ResponderExcluirDaqui a pouco venho te ler!
bjs
BELA HOMENAGEM AO VOSSO PAI, VERA MANDA AGRADECER PELOS PARABENS, TUDO DE BOM PARA VC´ABRAÇOS CELINA.
ResponderExcluirOi Toninho!
ResponderExcluirQue maravilha de versos nesta homenagem comovente ao seu pai e aos que vivem esta rotina de labuta.
Abração e tudo de bom!
Belo poema! Tem cheiro de terra, tem cheiro de gente! E tão sensivelmente bem trabalhado por ti.
ResponderExcluirUm homenagem terrivelmente bela a teu pai.
Excelente semana, poeta!
Abração.
Olá Toninho querido,
ResponderExcluirLinda e encantadora homenagem ao seu pai.
Emocionou-me muito seus versos. Além da inspiração
em Drumond, seu poema retrata a vida no campo naquela época em que o homem, sem as máquinas que hoje existem, suava para levar o pão à mesa de sua família.
Bela postagem, amigo.
Uma semana com muita paz e luz para você.
Grande beijo,
Maria Paraguassu.
Olá Toninho querido,
ResponderExcluirLinda e encantadora homenagem ao seu pai.
Emocionou-me muito seus versos. Além da inspiração
em Drumond, seu poema retrata a vida no campo naquela época em que o homem, sem as máquinas que hoje existem, suava para levar o pão à mesa de sua família.
Bela postagem, amigo.
Uma semana com muita paz e luz para você.
Grande beijo,
Maria Paraguassu.
Olá Toninho,
ResponderExcluirMuito belo teu poema. Uma encantadora homenagem a teu pai. Muito bonita essas lembrança que retrata do campo.Senti até o cheirinho do amendoim torrado.
Adorei amigo, como sempre excelente postagem.
Beijos e ótima semana!
Lindíssimo trabalho, meu amigo! - Abração
ResponderExcluirBom dia,Toninho!!!!
ResponderExcluirLinda poesia!!Cheia de sons e sabores!!!A sabedoria dos antigos, funcionava melhor do que muitas tecnologias de hoje!!O meu avô sempre acertava a previsão do tempo!!Só de olhar para o céu!
Beijos,meu amigo!!
Ótima semana pra ti!
Belíssima homenagem poética.
ResponderExcluirBelissima releitura do poema de Drummond. Tanta riqueza de vida e infância fizeram jus a ele.
ResponderExcluirE olha que tu és como Drummond:
"E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé."
Ficou riquíssima a releitura, poeta!
bjs com carinho
Mineirinho
ResponderExcluirQuando olho para trás, tenho a impressão de que tivemos pais diferentes e uma real infância. E a vida não era fácil. Nada chegava de graça, além dos valores e da formação de caráter.
(Você é sempre extremamente gentil. Obrigada pelos comentários que me deixou). Bjs.
Caro amigo Toninho
ResponderExcluirUma linda homenagem ao pai.
E quantos de nós não tivemos pais assim?
Uma vida de dureza cultivando a terra só com a enxada na mão.Me faz recordar do meu pai que carregava cacho de bananas nas costas, um dos
principais meios de sustento.
Um lindo domingo para você
Um carinhoso abraço.
Gostei muito de ler...
ResponderExcluirAprecio muito a sua humildade, Mineirinho.
~~~ Abraço Grande ~~~
~~~~~~~~~~~~~~~
Gostei muito de ler...
ResponderExcluirAprecio muito a sua humildade, Mineirinho.
~~~ Abraço Grande ~~~
~~~~~~~~~~~~~~~