Vejo em movimentos lentos,
Como um comboio de flocos
Em formas e tons cinzentos
Às vezes desenhos de bichos.
Se negras criam meus medos,
Lembranças dos relâmpagos,
Dos trovões sons de torpedos,
São as lembranças que trago.
A crença nas Folhas de Ramos,
Num fogão a lenha queimadas,
A fé que reduzia todos os danos,
Sta. Bárbara cessa as trovoadas.
Se elas se vão, vem o Céu azul.
Na beleza anil vem inspiração,
Em belos poemas de norte a Sul
Inquietação pela sua tradução.
Menino com suas lembranças.
O medo do corisco sob a cama,
Fogem dos espelhos as crianças,
Do raio do Céu vinha o drama.
Amo as com forma de sorvete,
Superpostas na beleza algodão,
Às vezes como lindo ramalhete,
Estas emolduram a recordação.
Toninho.
14/03/2014
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Corisco:
Faísca elétrica, centelha que ocorre
por ocasião de trovoada.
Dizia-se por lá que quando ele desce
(com seu machadinho) na terra e faz seus estragos, como rachar uma arvore ao
meio ou matar pessoas, animais, que o danado ainda volta um dia para pegar seu
machadinho. Nosso segundo medo era sua volta.
Itabira
É uma cidade em cima de uma jazida de
minério de ferro, o que faz os trovões e raios mais intensos e assustadores.
Nós crianças fomos educados amedrontados a não ficar perto de espelho, peças
inox e janelas. Ficar debaixo de arvore nem pensar. Nem nos talheres tocava em
dias de chuvas. Certa vez um raio desceu na vila que morávamos e matou cinco
pessoas de uma família. Assim nosso medo era latente e debaixo da cama muitas
vezes nos escondíamos destas intempéries.
Folhas de Ramos
São os ramos usados na procissão de
Ramos durante a Semana Santa eram guardados, que secavam e críamos que durante
uma tempestade, eram colocados no fogo para amenizar os raios e trovões.
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Desejo que a semana esteja bem e continue a fluir com muita paz na vida de todos voces.
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Se querem ver mais Céus espalhados por este mundo não deixe de visitar o blog da Chica com otimas imagens. Confiram
Céus e palavras da Chica
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Bela e criativa interação da Elisa T.Campos,grato amiga;
boa sorte?
um grilo na folha baloiça
Domingo de Ramos
manto-esperança
fé que se renova
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Bela e criativa interação da Elisa T.Campos,grato amiga;
boa sorte?
um grilo na folha baloiça
Domingo de Ramos
manto-esperança
fé que se renova
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Toninho que maravilha!!!
ResponderExcluirAdorei a poesia e cada pedaço das tuas lembranças que chegam dos céus, das nuvens em formas de sorvetes, flores, bichinhos. Que lindo e ainda nos ensinas ou relembras sobre as expressões. E, após estar encantada com o que lia, ao final,. a surpresa do carinho comigo e o blog dos céus! O que dizer? OBRIGADÃO!!!
ADOREI!!!
abração,chica
Bom dia, Toninho. Adorei a tua poesia e os detalhes tão interessantes vistos nela.
ResponderExcluirUma interpretação mágica, que o leitor pode se identificar facilmente.
Como sempre, você é impecável nas notas.
Também desejo que sua semana seja mais do que abençoada.
Beijos na alma e paz!
Toninho, sua bela poesia, trouxe-me recordações queridas de minha infância e mocidade. Ah, como eu gostava das missas do domingo de Ramos, lá ia eu, com os galhos seguros em meus braços, para receber as bençãos especiais desse dia, e minha avó, as guardava para usar em dias de temporais, ou de aflição. Ah, quantas boas lembranças.... e minha fé, que só foi crescendo... e nunca para de aumentar. Um bom dia a vc.
ResponderExcluirLinda poesia, lembrando as imagens bonitas que as nuvens formam.
ResponderExcluirUma foto do céu, encantadora.
Um vídeo com Maria Bethania, lindo!
Um momento maravilhso!
Um, abraço.
Élys.
Olá, Toninho! Obrigada por sua gentil visita ao meu blog. Esta poesia é linda. Também gosto de ficar observando o formato das nuvens. Abração, Lylian
ResponderExcluirOlá meu querido amigo Toninho
ResponderExcluirQuanta exuberância na descrição de tuas lembranças e olhe com elas me identifiquei. Parabéns amigo pelo soberbo poetar
A amizade verdadeira deixa marcas positivas que o tempo jamais poderá apagar. E você marcou meu coração pois és uma pessoa mega especial e eu te gosto muito. Hoje é o dia do “Amigo virtual”, o nosso dia! Vim te trazer o meu carinho e estreitar os laços de afetividade que se criou em nós desde o dia em que nos conhecemos. Um dia feliz e iluminado!
Beijos desta amiga que te admira
Gracita
Belíssimos escritos parabéns!!!
ResponderExcluirQuerido Toninho
ResponderExcluirQuando vi a imagem que escolheu também me lembrei logo da amiga Chica. Esse Céu é um esplendor, mesmo que ameace trovoada.
Ao ler o seu poema recordei os meus tempos de menina, em que apanhei alguns sustos, quamdo ainda vivia na aldeia.li c A sua bela poesia muito me agradou, bem como todas as explicações inerentes. (Aqui também guardamos os ramos de oliveira que são benzidos no Domingo de Ramos.)
Obrigada e muitos parabéns.
Beijinhos
Beatriz
Toninho,esses desenhos de nuvens sempre me remetem á infancia. Linda demais sua poesia! E tem uma sua lá no meu Recanto tb. bjs,
ResponderExcluir°º。♪♫♬°·.
ResponderExcluirSei bem o que é isso.
Bibico e Jiló são os cães da minha casa.
Eles se pelam de medo de raios e trovões.
Acredite... tenho mais medo do que eles.
Bom mesmo é quando aparece o arco-íris depois das tempestades.
Bom fim de semana!
Beijinhos do Brasil.
¸.•°♪✿✿º°。♪
Boa noite Toninho
ResponderExcluirQuem não gosta de olhar para as nuvens e imaginar um monte de coisas, objetos, é tão bom.
Agora trovões e raios sempre me assustaram, justamente pelos casos que ouvíamos de pessoas atingidas por eles.
Também guardo os ramos bentos do domingo de Ramos.
Um abraço.
Boa noite
ResponderExcluirO céu é inspirador e as nuvens nos fazem viajar por suas imagens´. trazendo ,como vc nos revela, lembranças dos nossos medos infantis. bjs
Cada bela lembrança partilhada, abraço Lisettte
ResponderExcluirOlá, Toninho
ResponderExcluirQue lindo é seu poema! Inspirado nas nuvens, no céu que muda tanto, passando de azul brilhante a cinzento de chumbo, anunciando trovoada...
Eu gosto imenso de olhar para as nuvens e imaginar animais, flores, castelos... um sem número de imagens!
Achei óptima a ideia de acrescentar o significado de algumas palavras que poderiam ser desconhecidas para algumas pessoas.
Muito boa postagem.
Excelente fim de semana.
Beijinhos
Olá, amigo Toninho
ResponderExcluirEstamos em sintonia hoje: nos lendo ao mesmo tempo... Demorei a postar o comentário pois estou vendo o vídeo lindíssimo...
O ritmo mexe comigo demais...
As nuvens já me renderam versos também... como não?
Bjs fraterno e quaresmais
P.S. Tenho medo de raios e relâmpagos fortes.... rs...
Cuidados e medos que a sabedoria popular ensina e na tua forma poética canta; essa natureza enfurecida que assusta e encanta.
ResponderExcluirAbraço de paz e um ótimo final de semana, Toninho.
Calu
Certa vez aprendi Toninho, que as nuvens tem nomes. Procure no google por nome das nuvens e se impressionará com a variedade de nomes e formas.
ResponderExcluirDuvido que você, não saiba disto, afinal, ao que parece há elementos no texto que aponta para este fato.
Toninho, meu amigo!
ResponderExcluirQue lindo teu poetar. E tuas lembranças tão vivas! Compartilho de todas, pois me criei no interior e muito me preocupei com os coriscos, que sempre ouvia dizer que eram mortais. Mas o tal machadinho da faísca, menino, nem te conto, eu simplesmente tremia de pavor. Tremia, me apavorava, mas continuava espiando pela vidraça, sei lá, acho que eu gostava de ver os raios "caírem".-- Meu Deus, será que eu era masoquista, ruim da cabeça? Não, não pode ser --. Ah, essa não Toninho, viu só o que você fez? Refrescou minha memória e me deixou numa tremenda encucação! Calma madame, muita calma nessa hora, pense, você vai lembrar, talvez um detalhezinho... Ufa! lembrei: minha avó me entregava na mão um raminho verde (bento) que era para eu mostrar -- na vidraça -- para a faísca, enquanto, ela tratava de queimar o outro na chapa do fogão. Decerto ela temia que eu me queimasse no fogão. Taí era por isso que eu espiava. Toninho, você foi salvo pelo gongo! Hahahaha. Querido amigo, desculpe a brincadeira e obrigada por 'acordar' minhas recordações. Um ótimo final de semana pra você. Bjs, Marli.
Que poema belo!
ResponderExcluirE a fotografia também é pura poesia.
Vim do blog da Chica, amo o blog dos céus.
Sempre lindo o seu poetar.
Um bom final de semana e com muita inspiração.
Beijos,
Lis
Quando a fome aperta
ResponderExcluirleva a lebre ao caminho
e quando me chega a saudade
venho ver meu Mineirinho.
Amigo muito querido, tem vezes que a vida nos vcai empurrando mais depressa do que a nossa vontade, mas tem sempre um dia que a gente a vai contrariando e tentamos avançar mesmo ela não querendo.
Tenha um lindo fim de semana com beijinhos de luz e muita paz.
Toninho as nuvens pesadas, escuras, sempre nos amedrontam, mas quando a chuva cai eu adoro, se pudesse sempre saía nestas horas, gosto da chuva mansa, belo poema que tuas recordações nos brindaram, quero te agradecer o carinho lá em minha casinha por ocasião do meu niver, brigadão, abraços Luconi
ResponderExcluirMeu querido amigo
ResponderExcluiras suas palavras fizeram-me voltar no tempo, ao meu Alentejo onde o céu era especial e as noites tinham uma magia irreal. Não havia electricidade ainda e as estrelas naquela escuridão era magico.
É sempre um prazer ler as suas palavras.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Olá Toninho,
ResponderExcluirSeus versos me levaram à infância. Minha mãe tinha horror de chuvas e trovoadas e acabou passando esse medo para os filhos. Lembro-me perfeitamente dela pegando as folhas de Ramos para queimar no fogão à lenha durante as tempestades e a cada relâmpago e trovoada ela exclamava: "São Jerônimo! Santa Bárbara Virgem!". Também não podíamos passar perto dos espelhos da casa.
Adoro as nuvens, mas desde que sejam branquinhas. Muito já me diverti com elas, procurando formas e imagens.
Que coisa traumatizante essa de um raio matar cinco pessoas de uma mesma família!
Adorei o poema.
Tenha um belo final de semana.
Carinhoso abraço.
°º♫♬° ·.
ResponderExcluir░B░O░M
░D░O░M░I░N░G░O !!!
✿⊱°•
Beijinhos.
。♪♫♫°•.¸
Veio-me uma tempestade de lembranças, essa rica poesia, com termos tão comuns que se ouvia e se vivia, quando a chuva caía nos bons tempos da infância em que se tomava banho de chuva ,com mil recomendações da mãe...Éramos livres de verdade! Valha-me, Santa Bárbara!
ResponderExcluirBom domingo, Toninho, abraço forte e grande Paz...
Recordações de infância que nunca esquecem.
ResponderExcluirQuantas vezes em criança me deitava no chão a olhar as nuvens imaginando ...sonhando.
beijinho amigo Toninho
Mineirinho, conheço cada passo descrito em seu poema. Também convivi com esse medo e vi, muitas vezes, minha mãe queimar os ramos para afastar as tempestades. Morávamos em casa de teto de zinco, assustador. Além do barulho, haviam o risco dele se soltar. Benditas nuvens brancas, com seus desenhos mágicos. Bjs.
ResponderExcluirCaro Toninho
ResponderExcluirMaravilhoso como sempre os seus versos. E acho que era para vir aqui justamente hoje. Estou em atraso com todos . Até da querida Chica. Falando em folhas de ramos me lembrou do que postei esta manhã no Facebook
Hoje é Dia de Ramos
Eis um tanka para você inspirado num grilo que pousou no meu abacaxi ornamental:
boa sorte?
um grilo na folha baloiça
Domingo de Ramos
manto-esperança
fé que se renova
Um abraço,