Dói profundo em minh‘alma,
Relembrar aquelas atrocidades,
Nenhum um anjo que acalma,
Os corredores frios da maldade.
E embora seja muito obscuro,
Cantarolar a canção das flores
Que cantavam diante do muro
Onde ditavam aqueles horrores.
Nada mais triste em relembrar,
Dos olhos frios de um carrasco,
O corpo como pendulo a sangrar,
Antes de lançá-lo num penhasco.
Já não tenho mais as lágrimas,
Apenas as paginas manchadas,
No livro vermelho sobre trevas,
Vidas bestialmente dilacerada.
Eu nunca confiei na Redentora,
Que refaz a cegueira nacional,
Clamar pela volta da masmorra,
Nunca mais o coturno no roseiral.
Não me peçam versos sem rancor,
Pois dela não lembro com saudade,
Ainda ouço num palco um clamor,
De quem apenas queria liberdade.
Toninho.
01/04/2014
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Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo.
Quando pergunto porque eles são pobres, chamam-me de comunista. (Dom Elder Câmera)*****************************************************
Não deixe participar com sua frase em Vamos Brincar com a Chica,tem palavra nova por lá (Pandorga) confiram: Vamos brincar com a Chica
Coisa mais linda sua poesia, amigo, suavizou a lembrança daqueles dias tristes em que não podíamos nos expressar livremente. Parabéns!
ResponderExcluirTambém conto uma historinha sobre aqueles dias lá no meu pedaço, confira.
beijos cariocas
Maravilha,Toninho e daqueles tempos nem dá pra pensar sem sentir raivam mágoa, tristeza ao ver tantos que sofreram com as patas da ditadura.
ResponderExcluirAgora assistimos o que passou e nem queremos acreditar que tudo realmente aconteceu. Barbáries em nome de que?//?
Melhor nem dizer!! abração, obrigado pelo carinho comigo aqui! chica
É Toninho é com tristeza que relembramos os tempos amargos que o Brasil passou , o meu esposo era militar na época, nunca aprovou esta atitude, dentro dos quartéis tinha divisão, ele foi tranferido e vigiaddo uma porção de tempo,o melhor amigo dele teve um infarto quando foi preso, era uma situação, todos tinham medo de falar. Um abraço para vc, Celina
ResponderExcluirGostei muito de passar por aqui. Vou ficar.
ResponderExcluirBeijo.
Nita
Em Portugal como o meu amigo sabe, também tivemos essa repressão durante muitos anos.
ResponderExcluirUm poema muito emotivo e belo.
Nunca mais !
beijinho
Meu amigo relembrar estes tempos não é facil,embora eles façam parte das minhas lembranças , historia de vida, tempo que cresci e o medo pairava , pegava e matava . Meu pai hoje esta em paz, mas infelizmente longe de mim. E os abutres estão aí, atentos e comemorando a morte. Sua poesia é um lamento necessário . Grande abraço , receba
ResponderExcluirLamento poético, muitas dores e emoções.
ResponderExcluirBoa semana, bjs
Oi Toninho!
ResponderExcluirMuito triste essa época, quanto sofrimento. Andei vendo uma reportagem e fiquei indignada com tanta crueldade.
Excelente poesia com lamento profundo.
Ando ausente devido os afazeres da vida, mais aos pouco tudo se ajeita.
Uma ótima semana!
Abraços !
Toninho tempos horríveis, que devem ser lembrados sim, como tua bela e triste poesia que é um grito de revolta, para que não mais deixemos acontecer, mas não sei não, acho que hoje eles agem na surdina, de forma que ninguém saiba, enganando o povo crédulo, aplausos meu amigo, abraços Luconi
ResponderExcluirLembranças e versos da vida.
ResponderExcluirQuanta sensibilidade!
Beijinhos
Um poema tocante já tive uma fase da minha vida que me senti assim.
ResponderExcluirOlá amigo tempos tristes que amargam lembranças! Abraçosss
ResponderExcluirTenho uma notícia boa já consegui seguir o seu blogue meu amigo.
ResponderExcluirFinalmente! :)
beijinho
Fê
É isso Toninho: nunca mais!
ResponderExcluirUm lamento recheado de lembranças amargas. Bjs Marli
ResponderExcluirOi Toninho
ResponderExcluirQue beleza de poema e com esta música de fundo ficou ainda mais bonita.
Nunca mais, ditadura, anos de chumbo, que permaneçam na história e nem pense em ressuscitar.
Grande abraço.
Como esquecer coisas destas?? É difícil...parece que o coração fica seco...
ResponderExcluirBj
Graça
Olá amigo e poeta Toninho!
ResponderExcluirComo esquecer as agruras sofridas? Realmente nos causa revolta e seu poema disse com grandeza o que não devemos esquecer...Ditadura nunca mais.
Amigo estive um bocadinho ausente por uns problemas de comunicação que enfrentei lá no blog. Estava com saudades de ler as tuas escritas.
Abraços carinhosos
Marilene
Querido Toninho
ResponderExcluirUm poema cheio de mágoa, que retrata um tempo que não quer voltar a viver!
Parabéns, pois conseguiu fazer-nos visualizar os horrores, mesmo sem uma total e aberta descrição .
Um beijinho
Beatriz
É meu amigo, tem coisas que não temos como não sentir revolta em nossos corações.
ResponderExcluirProfundos e lindos versos, dia abençoado pra ti, beijos
Pois é Toninho, ainda existem pessoas que querem a volta daquela injustiça para o nosso país. Necessitamos saber votar para darmos as respostas nas urnas. Este teu lamento retratou muito bem aquele período. Eu estava no comecinho de minha adolescência.
ResponderExcluirObrigado pelo lindo poema!
Abração.
Meu amigo, triste época que não pode ser esquecida. Fico pasma quando ouço pessoas que têm conhecimentos afirmarem que gostariam de voltar a ela. Inconcebível! Seus versos mostram, com beleza, um tempo sofrido e sua irresignação, que deveria ser a de todos. Bjs.
ResponderExcluirNunca mais mesmo, Caro Toninho.
ResponderExcluirVersos em gritos bem construidos .
Adorei.
Boa noite.