sábado, 15 de agosto de 2015

Pedras que falam.


 Uma proposta da Chica onde uma imagem é ofercida para criação livre ela acontece em 5,15 e 25 de cada mes. Veja por la como as pessoas se inspiram nas imagens. Confiram aqui: chicabrincadepoesia
Apos a imagem de hoje minha leitura/inspiração.

Pedras que falam.

Conta à boca miúda que ali viveu uma família de pessoas estranhas, que pouco se comunicavam com a vizinhança, pouco ou quase nada se sabia daquela família. Segundo alguns curiosos pela beleza do lugar, arriscaram chegar mais perto e que se ouviam conversas de crianças na casa, mas que ninguém conseguiu vê-las. 

A casa tinha um belo jardim com grande presença de pássaros de todos os tipos e cantos. O que deixava as pessoas curiosas era ver o senhor da casa sempre carregando pedras numa carroça puxada por um burro. Que parecia já cansado daquela tarefa, devido os gritos daquele homem com ele para prosseguir.

Certa manhã percebeu-se, que havia um silencio na região da casa, mas ninguém arriscou saber, o que se passava. Passados alguns dias, Zé Mané um cabra metido a bravo da vizinhança, falou que ia por lá descobrir, o que estava acontecendo e montou no seu cavalo alazão seguiu para o terreno daquela gente estranha.

Quando chegou o silencio era geral, nenhuma criação viu pelo terreiro nem roupas estendidas no varal como de costume. Resoluto decidiu descer do cavalo e circular pelo quintal. Quando chegou ao fundo ficou maravilhado de ver um campo verde, que dava para a mata próxima do rio, pelo chão viu alguns restos de brinquedos quebrados, mas o que lhe chamou a atenção foi uma organização de pedras empilhadas artisticamente formando uma espécie de paredão circular e neste algumas plantas hospedeiras se faziam presentes.

Mas quando se aproximou, algumas pedras se mexeram e ouviu uma espécie de suspiro profundo saindo das pedras, saiu como um louco e num galope rápido montou no seu cavalo, como um raio sumiu no horizonte e só parou quando chegou na cidade e falou para um amigo e sumiu na estrada. Até hoje ninguém mais soube dele e nem o que aconteceu de fato naquele lugar, que hoje em ruínas guarda segredos, que ninguém ousa se aproximar. 

O paredão de pedras cada vez mais coberto pelas plantas trepadeiras formando um lindo lugar para ver de longe e muitas fotos foram espalhadas pelo mundo. O que estaria enterrado debaixo daquelas pedras, carregadas anos e anos pelo estranho morador?

Toninho
Agosto/2015 
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Um belo domingo pra todos e que a nova semana seja bela e boa.


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Do meu interior.

Participando da BC_#umaimagemem140caracteres99. Uma idéia da Mari e da Silvana.
Visitem e participem com um click nos nomes acima. Minha leitura da imagem ficou assim:
Somente ouvia os pássaros.
 As estrelas pareciam no chão,
Iluminando os meus passos.
 Escondi na carta a depressão.
 Selada com lágrimas saudosas.

 Toninho
Agosto/2015
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 Depois da carta de amor,
  entregou-se numa leitura.
O café refez seu tremor
na noite de desventura.
O poeta sangra sua dor, 
Pela foto na moldura.

Toninho
Agosto/2015
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Um feliz fim de semana a todos.

Aqui também estou: toninhobira.blogs

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Ipês pela cidade.


Vejo os Ipês roxos colorindo a cidade,
entre estruturas de cimento armado,
extrovertidos plenos de uma vaidade,
admirados ate pelos mais apressados. 

Sorrateira se apresenta a Primavera,
com suas flores em tempos diferentes,
amenizam efeitos sobre a atmosfera,
explodem flores em cores sutilmente.

Que bem vinda a contínua mudança,
nas voltas das flores estreitam laços,
que faz vibrar a natureza na dança,
sinto quão alegres estão os pássaros.

Primavera temporã trás serenidade,
para deleite do olhar contemplativo,
os Ipês floridos anunciam na cidade,
 a nova estação. Dela atraído e cativo.

Toninho
Agosto/2015 
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O vídeo é uma homenagem a Rubem Alves.
A foto recebi de amigos (da PUC) de Belo Horizonte.
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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Era uma vez... Uma rapadura que virou bala.

Comemorando 6 anos na blogosfera a Norma do Pensando em familia aqui pensandoemfamilia. nos convidou para contar uma historia de nossa vida em qualquer época e se possível ilustrado com uma foto. Confiram lá outros participantes.Na minha época foto não era coisa comum, mas sempre aparece uma amarelada.


Era uma vez, um menino que adorava as balas...
Quando era criança no final na década 50, naquele canto de mundo existiam poucas casas de comercio concentradas no centro da cidade. Naquela época o povo tinha a crença, que os desejos frustrados de uma criança provocava nela um mal e diziam que ela estava “aguada”. Como solução recorria às benzedeiras ou buscava satisfazer aqueles desejos.

Eu fui aguado com balas de uma vendinha que tinha no centro da cidade e assim chorava para sempre ter balas enroladas no papel. Meus irmãos cansaram de ter de comprar as balas e para isso tinham que andar muito a pé até o centro.

Assim meu pai teve a ideia de guardar alguns papeis das balas e comprou uma folha de papel colorido e entregou para minha irmã Stelita com a missão de comprar uma rapadura e cortar em pequenos blocos e enrolar no papel e colocar num pote de balas comprado na época. Assim ela fez um pote de balas de rapadura.

Um dia eu estava chorando na minha cadeirinha, pedindo mais balas. Ela foi até a um armário da casa e pegou o pote dizendo que o pai tinha comprado um pote de balas só para mim. Entregou o pote e eu comi quase todo o pote de balas. No meio do processo eu falava que era rapadura e minha irmã dizia, que era bala, mostrando os papeis foi assim, que segundo a família fui curado desta vontade adocicada.

Hoje quando viajo para uma temporada lá por Minas, nos encontros com a família, minha irmã sempre se lembra deste fato com boas risadas. Era uma vez um menino que gostava muito de balas, que acabou comendo uma rapadura e aprendeu que rapadura é doce, mas não é mole e na vida são tantas coisas como uma rapadura.

Toninho

Agosto/2015

pode ver outra historia minha aqui: toninhobira.blogspot
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Parabéns Norma pelo blog que sempre está focado na família.