sábado, 26 de março de 2011

Quando eu faço amor












Quando eu faço amor.

Na mais linda euforia do coração
Da alma toda em festa como criança

Cada instante eterniza a mansidão

Dos corpos na rítmica de uma dança

É o tempo que se depura na alegria
Na vontade de amar que aumenta

Numa aula viva da anatomia

Emoções prazeres que experimenta


Quando faço amor é como banho em rio
No mergulho do corpo fogueado

Com suaves toques, prazer e calafrio
Desejos ardentes de corpos enamorados.


Estranha forma de querer viver
Nesta sensação de um amor finito

Se nos olhos irradia o brilho do prazer
No coração a agonia de um grito.



Toninho.

26/03/2011


quarta-feira, 23 de março de 2011

De volta





imagem Google.











“Boa noite palavras
Versos, idéias, pensamentos
Regresso para sua intimidade

 Havia fugido para o trivial
Escorregando, afoguei-me no vazio
No poço das futilidades

 Escapei já quase idiota
Desse lamaçal às canelas
Ainda tenho sujos os pés

 Vim redimir-me nesse retorno
Pedir a benção dos vocábulos
Banhar-me novamente em versos
Lambuzar as mãos da tinta
Implorar a companhia da solidão

Cá estou !
Acolhe-me mundo abstrato
Dimensão de presságios e contemplações
Que sou eu.”

(Paulo Roberto Adão)

Para saber mais e se inspirar:

 Uso do seu próprio texto para uma homenagem ao tempo que convido os amigos a conhecerem este poeta sensível, um conterrâneo lá de Itabira. Que precisa voltar a criar e publicar suas belas inspirações que são tantas, que bem sei enriquece ainda mais este nossa vontade de ler.

Ah, ele é um dos nove irmãos de Jose Claudio Cacá este amigão/irmão daqui do Blog "uai Mundo?,blog do Cacá"

Publicada também no livro Minas de Palavras.


terça-feira, 22 de março de 2011

Menino que vi












  


Menino que vi.

Nasce o dia vem o menino apressado
Nas costas a mochila tão pesada
 Menino carrega fardo do passado
Na sua aparência já curvada

Finge que a vida lhe vai bem
A contrastar com seu olhar triste
Ignora os olhares e segue para o trem
Na janela viaja nas coisas que não existe

 Ele não leva a esperança da vida
Perdida em mistérios e segredos
Nas costas apenas a carga fingida.

Desce menino, sobe homem suicida
Na correria desesperada seus medos
Deixa a vida nua, bala perdida.

Toninho
21/03/2011.