Lembranças voam na estrada
de terra.
São medos minhas crenças de
criança,
Muitas léguas me separam até
a serra,
Sob a sombra de coqueiros na
andança.
Quando passo pela estrada
vejo o mar,
Olhar entre os coqueiros a
vista linda,
de onde vem esta brisa
para refrescar,
nesta caminhada é sempre
bem-vinda.
Lá no alto mora aquela
velha senhora,
para onde todos seguem com
a crença.
É peregrinação ao romper
da aurora,
pela
cura de males com perseverança.
É um anjo encurvado esta
quilombola,
herdeira fiel de umas rezas
poderosas,
sobre os ombros uma
espécie de estola,
que lhe dá uma aparência
glamorosa.
Entrar na estrada, é no tempo
viajar,
como o resgate das lembranças
tantas,
prossigo com o meu coração
no pulsar,
rever Mãe Preta com as
aguas santas.
Toninho.
05/04/2018
Inspiração para o projeto Botando a cabeça para funcionar criado pela Chica e Neno todos os dias 5,15, 25 confira e participe na leitura livre da imagem aqui: chicabrincadepoesia
Desejo a todos
um feliz fim de semana.
Perfeita....Deu até pra imaginar ir junto nesse caminho perto do mar, até chegar na velha mãe Preta que com suas águas mágicas e curativas, benzeduras há de fazer! Adorei! Obrigadão! Levei teu link! abração,chica
ResponderExcluirOlá, querido amigo Toninho!
ResponderExcluirAqui, nós temos um quilombo na Comunidade de São Mateus (interior) e conservam costumes no São Benedito e Dia de Reis.
Gosto de tudo isso pela alegria contagiante e pelo colorido deles (mais ainda na alma)... parece que não têm problema algum...
Creio que o ritmo do batuque revela tudo isso e quanto à Mãe Preta (ou Mãe Branca) o nome da nossa aqui é D. Terezinha... uma alegria só... dá gosto de conversar com ela nos seus 80 anos, totalmente lúcida...
Eu creio na cura de males da alma por pessoas que recebem de Deuus este Dom e passei por algumas em minha vida... a fé remove montanhas e, quando somos 'bentos' (abençoados) por pessoas lindas de alma e com total pureza de coração saimos renovados de corpo e alma... Quer cura maior do que esta?
Saudade da minha vó amada que me benzia com galhinho de arruda e para mim tem um valor imenso e afetivo grande...
A segunda estrofe da sua linda poesia é bem como vivo eu por aqui onde moro atualmente.
Vamos deixar o nosso coração pulsr na mais perfeita sintonia pois nossas Mães Pretas pelo Brasil, com culturas diversas, só fazem o bem...
Linda homenagem!
Seja muito feliz e abençoado nesta Oitava Pascal junto aos seus amados!
Bjm de paz e bem
Caminhei com vc por estes caminhos no tunel do tempo e no encontro da mãe preta. Na minha história uma avó rezadeira.Parabéns. bjs
ResponderExcluirCustou-me perceber, tive de consultar o dicionário, mas depois de decifrados os enigmas, surgiu-me, em pleno, a imensa beleza do poema.
ResponderExcluirFoi uma ótima participação, com este tema referente às suas recordações infantis.
Afinal é o relato de um episódio de vida, com muita perícia de poeta e compositor.
Já usei sete tema musical no meu blogue... é tão verdadeiro, como forte e triste.
Não fique triste, não... Nós te amamos muito, querido poeta.
Terno abraço, Mineirinho.
Dias de outono muito aprazíveis.
~~~ Beijos ~~~
Corrijo... 'este' tema
ExcluirObrigado Majo, uma imagem e uma inspiração de minhas caminhadas pelas crenças e tradições. A musica é mais um carinho com vocês de Portugal que tantas alegrias me dão com a presença maciça em minha página.
ExcluirBjs
Amigo Toninho esta é mais uma de tuas excelentes edições, com belíssima música e imagem e o teu poema, com a marca do teu talento de poeta. Dentre as belas estrofes do poema escolhi esta para transcrevê-la:
ResponderExcluir"Quando passo pela estrada vejo o mar,
Olhar entre os coqueiros a vista linda,
de onde vem esta brisa para refrescar,
nesta caminhada é sempre bem-vinda."
Parabéns Toninho pelo belo poema.
Um grande abraço.
Pedro
Muitos parabéns Poeta. Lindo demais :))
ResponderExcluirHoje:- "Caminhada, entre sentidos e rimas"
-
Bjos
Votos de uma feliz Sexta-Feita
Recordando e poetando... Participou com muitos sentimentos...
ResponderExcluirO meu abraço
Boas lembranças.
ResponderExcluirUm abraço.
Ese caminar entre los cocoteros con el mar al fondo, recibiendo una agradable brisa, te ha traído recuerdos de tu infancia que has sabido reflejar en este bello poema.
ResponderExcluirTe deseo un buen fin de semana.
Cariños.
kasioles
E a gente vai prosseguindo muitas vezes pela fé, pela esperança que resta, pela oração. Lindo
ResponderExcluirOh Toninho que bonito caminhar nesse poema pontilhado pelo desejo e fé. Eu já tive a oportunidade de fazer uma caminhada em busca de cura com uma mãe preta, na vida real. Ne senti dentro A música eu não conhecia, confesso que gostei , linda demais!Parabéns pelo post!
ResponderExcluirBjs no coração amigo querido!
Lindissimo o poema, me trouxe lembranças das benzedeiras do interior de Minas...com seus xales nas costas e o terço nas maos...hj quase as encontra mais...
ResponderExcluirToninho, que vc tenha uma semana de muita paz...
Beijos...
Boa noite Toninho
ResponderExcluirBelo poema cheio de sentimento e recordação. Bela e triste música. Feliz domingo.
Uma bela interpretação da imagem, que proporcionou uma ligação perfeita, entre o tema musical escolhido, e a um regresso ao passado, em forma de lembranças, nesta encantadora inspiração...
ResponderExcluirBelíssimo momento poético, Toninho!
Um grande abraço!
Ana
Também tive uma mãe preta na minha infância. Era um anjo de ternura e a visitava com um contentamento que nunca revelei a ela. Amei sua poesia! Abração!
ResponderExcluirQue lindo , Toninho ! Enquanto caminha o poeta , recorda os bons tempos de infância . E vai à fonte , em busca da mãe preta quilombola que faz "milagres" com suas orações e águas santas . Um poema cheio de sentimento e muita ternura . Viajando na imaginação e não vendo o tempo passar . Lindo !
ResponderExcluirAh , acabei de postar minha participação nesta brincadeira também . Abraços .
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