Apenas um retrato na
parede.
Havia uma cidade pacata
entre serras e picos, até que uma mineradora chegou, para explorar e
transportar riqueza mineral, sobre carroças puxadas por animais. Depois veio a
estrada de ferro com suas maquinas e vagões. Todas as manhãs ouvia-se explosões
em excessos com dinamite.
Havia uma alegria geral
com os empregos gerados. A pacata cidade logo se tornou atrativa, pelos
empregos ofertados. As serras destruídas gradativamente. Devido as constantes diárias
explosões, os velhos casarões tremiam, paredes trincavam, até o sino da
capelinha tocava nas manhãs.
Havia uma meta a ser
cumprida em toneladas ano. A fúria na exploração trouxe gigantescas maquinas e
caminhões, que devoravam as serras e picos, onde havia o mineral precioso. Logo
onde havia um pico de minério, virou uma enorme cratera de uma terra azulada. É
a marca da destruição de um ponto histórico da cidade, o Pico que originou o
nome da cidade em Tupi-Guarani.¹
Onde havia excesso de minério de ferro, hoje há
escassez e um abandono sistemático chega com preocupação na cidade, que se
tornou refém da mineradora. Hoje ficam nas lembranças e fotografias um
majestoso Pico onde dançavam e uivavam os lobos Guarás que agitavam as noites
de Lua Cheia.
Toninho
27/06/2025
Grato pela leitura.
Nota 1:
Ita =pedra
Bira= que brilha
Itabira
Boa noite de sábado, querido amigo Toninho!
ResponderExcluirFoi uma tristíssima notícias que vivemos e fomos acompanhando na semana para um final tão infeliz.
Seu conto refresca um pouco nosso coração onde conta sua vida lá na sua Itabira tão querida e saudosa.
O mundo está cheio de escassez, excesso lindo é o amor divino por cada um de nós, seus filhos amados.
Estamos carentes de tantas coisas básicas e com excesso de pobreza dentre outros.
Excelente participação!
Tenha um São Pedro abençoado!
Beijinhos fraternos
Gosto da forma que escreves. Interessante a sua crônica, Toninho
ExcluirUm fraterno abraço
Verena
Lindo teu conto onde expuseste bem o que faz o excesso, a ganância em minerar mais e mais, sem pensar nos passos seguintes... Triste e a natureza sofre e a população idem! Ficcou ótima tua participação,Toninho! abração, lindo domingo! chica
ResponderExcluirA ganância leva sempre a excessos irreversíveis. Uma história triste mas muito bem contada.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
E ainda sofremos com a poluição exagerada do minério. , mas à época era bem pior. Triste ver o que sobrou dessa exploração exagerada enriquecendo os poderosos . Gostei de saber um pouco mais de Itabira, Toninho._ muito lindo seu texto. Bom domingo, com abraços
ResponderExcluirUm Poeta de mão cheia, com uma partilha soberba. Muito obrigada pelo que nos brinda!
ResponderExcluir.
Força de vontade...
Beijos e Abraços, Bom fim de semana
Que belo texto Toninho!
ResponderExcluir👏👏👏😘
Boa tarde. Sua prosa poética conta a triste história desta realidade. Sigamos, apontando os excessos tão presentes na Contemporaneidade. Grata pela participação. Bjsss
ResponderExcluirAté onde leva a ganância!
ResponderExcluirUm texto realista e muito bem escrito.
Deixo um abraço.
:)
Foi doído demais ler esse seu grito de revolta contra a ganância que advém dos poderosos que só querem mais e mais. Que Deus se apiede por tanta dor que eles espalham na Terra! Que Ele nos abençoe! Abração!
ResponderExcluirQue relato tocante, Toninho! A forma como descreves a transformação de uma cidade pacata em um cenário de exploração desenfreada é profunda e reflexiva. Através da palavra "excesso", conseguiste transmitir a ganância humana e suas consequências para a natureza e a comunidade. É uma leitura que nos faz pensar sobre o equilíbrio necessário entre progresso e preservação. Muito obrigada por partilhares este conto tão significativo.
ResponderExcluir💜 Desejo-te uma excelente semana!
Com carinho,
Daniela Silva
🔗 https://alma-leveblog.blogspot.com
🦋 Visita também o meu cantinho 🌸
Soberbo e realista conto , onde focaste com mestria as consequências da ganância do homem!
ResponderExcluirParabéns, Toninho.
Beijinho e óptimo início de Julho.😘
Teu conto-verdade joga ainda mais luz sobre os excessos que se repetem há décadas no país. Nossos minérios acenderam a sanha exploratória que interliga governos+ mineradoras+ países estrangeiros. Vemos com aperto no coração a contínua repetição dessa sanha predatória financiada pelos consórcios legalizados.
ResponderExcluirEnfim, as consequências se sucedem para as populações afetadas neste cenário.
Excelente abordagem, amigo.
Paz e Bem!
Carmen
Boa noite Toninho. A pergunta é, até quando? Passamos por isso desde o "descobrimento do Brasil". Lembrando, já tínhamos vários moradores, em nossa terra.
ResponderExcluirOlá, Toninho!
ResponderExcluirUm excelente depoimento muito bem contado. Gostei muito da forma como você conduziu a narrativa. Verdades foram ditas, sem excessos. Infelizmente, desde que o mundo é mundo a ganância do ser humano sempre existiu e o povo incauto sempre sofreu (e continuará sofrendo) com os excessos praticados. E como você muito bem referiu, onde havia excesso, agora há escassez. E por aí vai. Pelo jeito, em se tratando de farturas, viveremos só de lembranças.
Parabéns pela belíssima participação na proposta da Norma.
Bjsssssssssss