Mostrando postagens com marcador BC da Chica_botando a cabeça para funcionar. Nº 2 Ano II. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador BC da Chica_botando a cabeça para funcionar. Nº 2 Ano II. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 15 de março de 2016

Criança solidária,




Um temporal caiu sobre a cidade. Com ele o velho problema dos alagamentos que deixa a cidade caótica no transito acrescido das várias arvores tombadas sobre a rede elétrica.

Do outro lado da cidade a dor era maior com perdas de casas e vidas, embora já tivessem sido advertidos do perigo, mas preferiram apostar na sorte rezando, fazendo promessas aos santos. A chuva nada perdoou, levou tudo com sua fúria indomável.

Nos noticiários cenas emotivas dos sofrimentos dos desabrigados. Os bombeiros ativos na árdua tarefa de resgate de pessoas e animais de estimação ilhados.  Uma cena comoveu a todos na cidade a retirada de uma criança morta em meio à lama. E foi assim que Raudiney assistia a tudo pela televisão no conforto de seu quarto. Viu as pessoas abrigadas nas escolas e tendas feitas pelo exercito. O resgate da criança fez o menino chorar copiosamente, ao tempo que a mãe entrava no quarto e pensou em desligar a televisão.

Na manhã seguinte sem chuva, os noticiários faziam uma geral da cidade com as pessoas desabrigadas e convocando a população para doações de agua mineral, agasalhos, remédios e alimentos. Raudiney chamou a mãe dizendo que queria participar da campanha. A mãe aceitou e se dirigiram para o mercado. Ele mesmo escolhia o que doar baseado no noticiário. Quando terminava se dirigiu para um balcão e apanhou um arranjo de flores e colocou sobre as compras.

Saíram em direção a uma das tendas controlada por uma freira. Foram recebidos com um sorriso por uma assistente social, que agradecia a solidariedade do menino inclusive fez questão de fazer fotos dele no ato das doações. Mas ficou curiosa com o arranjo de flores assim como a mãe.
Após tudo distribuído com as flores na mão, olhou para a mãe e para a assistente social e pediu que ela enviasse as flores para a mãe do menino retirado sem vida da lama para colocar sobre seu caixão. A mãe estava a poucos metros deles e assim os quatros se abraçaram em meio às lagrimas.
Quando um raio de Sol atravessou a lona da tenda os iluminando.

Toninho.

15/03/2016

Com este conto participo da BC_botando a cabeça para funcionar, onde uma imagem é apresentada para inspiração livre. Conheça e participe aqui: chicabrincadepoesia