Há um rio que
brota,
no fundo dos
meus olhos
jorra continuamente
de mim,
que vem
desaguar no meu coração,
inunda este mar
de todas as saudades.
Pobre rio
sufocado e seco,
com suas entranhas expostas,
devastada a
margem sangra imunda,
morto de sede
olha para o mar à frente,
falta-lhe força
para navegar até o mar.
O rio que
morre em mim,
foi troca maldita
da vil moeda,
que ainda queimará
as mãos traidoras,
de um falso
progresso que de nada medra,
libertou
as garras afiadas das mineradoras.
Rasgaram as
montanhas,
estenderam suas
vísceras ao sol,
com olhar
triste olha um rio agonizante
vê o leito
seco .Há morte reinante.
São peixes mortos de sede.
O rio secou o
sorriso.
Toninho
Agosto/2015
Inspiração veio de Portugal blog da Ailime
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Onde eu nasci passava um rio,um córrego a Vale matou cada um.
Um lindo poema cheio de saudade e tristeza que se derrama na alma e extracaza em versos.
ResponderExcluirPobre rio de outrora, de tantas farras, alegrias...Como mudou! Lindo poema ,como sempre, expressivo" bela inspiração lá da Ailime! abração,chica
ResponderExcluirCaro amigo, seu desabafo através deste lindo poema, infelizmente é realidade em muitos lugares do nosso pobre e vilipendiado Brasil.
ResponderExcluirUm grande abraço e obrigada pelo seu carinho, suas belas palavras sempre deixadas no bloguinho.
E seca até nossas esperanças num país que poderia ser um lugar onde o ecossistema fosse respeitado, pois as grandes empreiteiras e o governo mais fazem para destruir do que para construir... Um abraço meu amigo.
ResponderExcluirLindo, inspirado, saudoso...
ResponderExcluirbjs
Que lindo poema, tão bem inspirado e repleto de verdades!
ResponderExcluirComo é triste vermos os rios maravilhosos secarem suas fartas águas...
Uma pena!
Abração!!
Mariangela
Agora ao ler este lindo momento veio-me à memória a terra dos meus pais ,um rio que rasga a linda serra da estrela por entre socalcos e vales verdejantes saciando a sede de todos ,felizmente um rio fértil cheio de vida ,parabéns um lindo poema ,um abraço.
ResponderExcluirLendo este seu poema seca as nossas esperanças de ver a natureza preservada onde o rio possa seguir seu curso levando a fertilidade e alegria para muitos rincões
ResponderExcluirBelíssimo poema meu amigo. Parabéns
Beijos e carinhos daqui de Minas Gerais
Os paralelos, as licenças poéticas, as palavras em união, são lindas de ler e a sensação e o prazer de ler é sublime!
ResponderExcluirBoa noite Toninho, há pouco olhando de relance os meus blogues encontrei a sua referência à inspiração sobre o rio agradecendo a menção.
ResponderExcluirO seu poema é muito belo e fala de uma realidade que também me angustia.
Por coincidência ou não num programa de TV daqui informaram que o meu rio logo ali mal acabado de entrar em Portugal se encontra poluído com milhares de peixes mortos.
Seja pela seca ou pela insensatez de quem escoa para os rios os poluentes que lhe tiram a vida estamos passando uma época em que a mão do homem está a destruir o planeta. Como compreendo que tenha um rio a brotar dos seus olhos.
Fico-lhe muito grata por as minhas simples palavras o terem inspirado a escrever tão belo e sentido poema.
Beijinhos e continuação de um bom mês de Agosto.
Ailime
Toninho, um belo poema de desabafo e saudade.
ResponderExcluirÉ muito triste ver a natureza sendo destruída!
Um grande abraço.
Amara
Toninho, quanta lindeza nessa sua inspiração.
ResponderExcluirAcredito que as maiores poesias estão na natureza.
Vou matar saudades por aqui.
Xero
Lindo e sensível seu poemal... É uma triste realidade, a natureza agredida dessa forma brutal.
ResponderExcluirAbçs Toninho!
Embora você se tenha baseado noutro poema, isso não tira valor àquilo k você escreveu, Toninho!
ResponderExcluirEscutei a canção, k não conhecia e de k gostei bastante. Seu poema é uma elegia àquele rio do passado, do rio da sua infância, qdo tudo nele pulsava.
O progresso, por vezes, traz retrocesso, mas Deus, um dia desses, vai pôr colocar tudo na ordem.
Bom resto de semana.
Beijos, amigo!
Belo poema,boa música,acompanhada de imagens boas para se admirar.
ResponderExcluirBoa noite
O homem é inimigo do homem. Abraços.
ResponderExcluirUm clamor poético diante do descaso do ser humano que vem prejudicando o planeta e deixando saudades como seus versos nos revelam. bjs
ResponderExcluirOs rios andam a sentir a forma indelicada como os tratam. E estão a morrer.
ResponderExcluirSeu poema é um hino a natureza maravilhosa que faz os rios desaguarem no mar. E nos nossos corações.
Abençoados sejam os poetas que tão bem sabem traduzir sentimentos em palavras.
grande abraçoTonninho
Olá Toninho.
ResponderExcluirPassando rapidinho para lhe desejar um feliz final de semana. Um lindo poema, que pena que a natureza não é conservada e ainda é destruída. Um forte abraço.
Um poema que é uma chamada de atenção para o problema dos rios que não chegam ao mar por motivos vários. Além de ecológico tem subentendida uma melancolia presa à alma.
ResponderExcluirBoa inspiração através da Ailime...
Um beijo.
Toninho, um poema belo e realista! Você e Ailime, dois poetas muito sensíveis e profundos...
ResponderExcluirAbraços e boa tarde...
UN POEMA VERTIENTE.
ResponderExcluirABRAZOS
ه❀╯
ResponderExcluirUma secura só!
Um mar empoeirado de minério!...
Bom fim de semana!
Beijinhos.
╰❀⊱ه° ·.
Oi Toninho , verso lindos através deles vc chama atenção de não maltratar a natureza , ,mais cedo ou mais tarde vem a resposta, se cuidarmos bem ótimo, se não, todos serão responsáveis, com as respostas nada boa, que virá da própria natureza, Abraços
ResponderExcluirAssim aconteceu com o meu rio , Homem de nome mas que homens não só o secaram como afogaram toda uma aldeia. De uma aldeia comunitária ( a única que havia) tudo ruiu com a barragem em nome do progresso .
ResponderExcluirSecam os rios, não o rio da saudade !
Tão lindo poema Toninho onde a sensibilidade vem à tona como os peixes
Grande e fraterno abraço querido amigo
Hoje não , mas tem sido difícil entrar no seu blog . Mas agora tudo normal. **